processo antitruste
Justiça dos EUA livra Google de vender Chrome e Android, mas impõe restrições
Por Redação - Em 03/09/2025 às 3:00 PM

A empresa terá de compartilhar dados de pesquisa com concorrentes qualificados e não poderá firmar contratos de exclusividade para a distribuição de serviços
Um juiz federal norte-americano rejeitou, nesta terça-feira (2), a possibilidade de obrigar o Google a se desfazer do navegador Chrome ou do sistema Android em processo antitruste. A decisão representa uma vitória para a companhia, que escapou da medida mais dura cogitada após ser considerada monopolista no mercado de buscas.
Apesar disso, a empresa terá de compartilhar dados de pesquisa com concorrentes qualificados e não poderá firmar contratos de exclusividade para a distribuição de serviços como Google Search, Chrome, Assistant e Gemini. Esses acordos, que garantiam posição dominante da empresa em dispositivos e navegadores, foram considerados prejudiciais à concorrência.
O juiz Amit Mehta destacou que o avanço da inteligência artificial alterou o cenário do processo, ressaltando que o objetivo é evitar que o domínio do Google em buscas seja transferido para o segmento de IA generativa. Ele já havia reconhecido anteriormente que a companhia atuou de forma a manter seu monopólio ilegalmente.
Em comunicado, o Google afirmou que a decisão reconhece a transformação do setor com a inteligência artificial, mas demonstrou preocupação com o impacto das exigências sobre a privacidade dos usuários. O Departamento de Justiça não comentou o caso.
Especialistas avaliam que, embora a proibição de contratos exclusivos aumente a pressão competitiva, a popularidade dos serviços do Google deve manter sua forte presença em smartphones e navegadores. A decisão é acompanhada de perto em todo o Vale do Silício, onde outras big techs também enfrentam investigações antitruste.
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