ENERGIA SOLAR

Kroma tem 6,3 GW em projetos e vai construir complexo solar em Jaguaruana

Por Marcelo - Em 31/08/2023 às 6:20 PM

Em 2022, a Kroma Energia foi a primeira comercializadora do Nordeste, com cerca de 1,3 gigawatts (GW) de energia entregue e, atualmente, possui 6,3 GW em projetos. As mais de 400 unidades consumidoras que estão sob sua gestão, puderam economizar R$ 30 milhões no ano passado, além de terem deixado de lançar na atmosfera mais de sete toneladas de CO².

Complexos solares geram desenvolvimento no sertão nordestino

A empresa foi fundada em 2008, em Pernambuco, realizando a gestão, comercialização e geração de energia elétrica no chamado Mercado Livre de Energia. Está no Ceará desde 2018. Construiu o Complexo Apodi, em Quixeré (capacidade instalada de 162 megawatts-pico (MWp), investindo R$ 700 milhões, que hoje em dia não está mais sob sua operação.

E a expectativa é que em 2024 chegue ao município de Jaguaruana, onde vai montar o Complexo Arapuá, que possui uma capacidade instalada de 500 MWp, devendo realizar um investimento de R$ 1,7 bilhão. As obras devem gerar cerca de 1.500 empregos diretos e indiretos na região do Vale do Jaguaribe.

O Complexo Arapuá foi enquadrado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), na forma do art. 2º, § 1º, inciso III, do Decreto nº 8.874, como projeto prioritário. No início deste ano, técnicos da Kroma e da Semace apresentaram todo o projeto para a população de Jaguaruana.

Já no seu estado de origem, a Kroma Energia e a Elétron Energy formam o Consórcio Pernambuco Energia. Esta joint-venture venceu o processo licitatório para o fornecimento de energia renovável, pelos próximos 29 anos, à Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa).

Tramitando

Um último fato sobre o mercado de energia e de interesse da Kroma é o Projeto de Lei 414/21, já aprovado no Senado e, atualmente, em tramitação na Câmara dos Deputados. Para entender sua importância no setor energético e impacto na sociedade, é possível compará-lo à abertura do mercado de telecomunicações, há 28 anos, quando o sistema estatal dominava toda a oferta de telefonia no Brasil.

Projeto de Lei 414/21 está tramitando na Câmara Dos Deputados

A proposta, sendo sancionada, deve movimentar ainda mais o mercado livre de energia, ampliando o acesso para todos os consumidores, inclusive os residenciais. Essa movimentação toda já começa no ano que vem. A partir de janeiro de 2024, os consumidores classificados no Grupo A terão a possibilidade de migrar para o mercado livre de energia, independentemente de sua demanda contratada.

Essa mudança é especialmente relevante para comércios, prestadores de serviços e indústrias de médio porte. Para se ter uma ideia, 78% das indústrias têm na eletricidade sua maior fonte de consumo, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Dados nacionais

Neste mês de agosto, o Brasil chegou à marca de 33,5 GW de potência instalada em energia solar, mais que o dobro do que havia em 2022. A criação de empregos, por exemplo, atingiu 1 milhão de vagas, registro acumulado ao longo dos últimos 11 anos, sendo 20% delas geradas apenas no primeiro semestre deste ano.

Também está na conta da energia solar a atração de mais de R$ 155,6 bilhões em investimentos no País, sendo R$ 34 bi ao longo de 2023. Ainda há os tributos arrecadados, que somam R$ 45 bilhões, e a descarbonização, quando, ao longo da década, deixaram de ir para o meio ambiente 40,6 milhões de toneladas de CO². Os dados são da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

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