MERCADO IMOBILIÁRIO
Luxo sob demanda impulsiona nova fase da locação flexível em São Paulo
Por Redação - Em 15/12/2025 às 10:00 AM

O foco está em criar uma alternativa de renda para investidores imobiliários e, ao mesmo tempo, atender uma demanda crescente por moradia temporária qualificada
A locação flexível avança no mercado imobiliário brasileiro e começa a ganhar espaço também no segmento de luxo. Em Moema, na zona sul de São Paulo, um novo empreendimento aposta em estadias de curta, média e longa duração, combinando serviços de hotelaria profissional com padrão elevado de acabamento e design assinado.
O projeto marca a entrada do Charlie, plataforma de locação flexível investida da Cyrela, em uma faixa mais alta do mercado. A proposta é atender hóspedes e moradores temporários que buscam conforto, experiência e serviços completos, sem a rigidez dos contratos tradicionais de aluguel nem os custos do ultraluxo hoteleiro.

A proposta é atender hóspedes e moradores temporários que buscam conforto, experiência e serviços completos, sem a rigidez dos contratos tradicionais de aluguel
Batizado de One of a Kind Hotel Charlie Ibirapuera, o empreendimento integra um edifício de uso misto incorporado pela Lavvi. Parte das unidades foi destinada à operação hoteleira, com apartamentos voltados a estadias prolongadas e estrutura pensada para o público de alta renda. As diárias variam entre R$ 700 e R$ 1.000.
Segundo o CEO do Charlie, Allan Sztokfisz, o foco está em criar uma alternativa de renda para investidores imobiliários e, ao mesmo tempo, atender uma demanda crescente por moradia temporária qualificada. A empresa assume toda a gestão da locação, do projeto de interiores à operação diária, permitindo maior eficiência e padronização do serviço.
O posicionamento premium é reforçado pelo design das áreas comuns, mobiliadas com peças da grife italiana Versace, e pela oferta de serviços como limpeza diária, concierge, lounges exclusivos, café da manhã e infraestrutura para quem permanece semanas ou meses no mesmo endereço.
A operação nasceu a partir de um grupo de investidores pessoas físicas que aportou cerca de R$ 40 milhões na aquisição das unidades destinadas à hotelaria. O prédio conta com 31 andares, 300 studios residenciais e 54 unidades voltadas ao conceito One of a Kind. Nesta fase inicial, o Charlie opera 92 apartamentos em regime de abertura gradual.
A estratégia reflete uma mudança no perfil da demanda urbana. Executivos, estrangeiros, famílias em transição e profissionais em projetos temporários buscam soluções que unam flexibilidade contratual, conforto e serviços de alto padrão. Hoje, cerca de 20% da receita total do Charlie já vem de contratos com duração superior a um mês.
Presente em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, a empresa planeja expandir a atuação da locação flexível de luxo para mercados como Florianópolis, Itajaí, Belo Horizonte e Brasília. A meta é ampliar o portfólio de unidades sob gestão sem abrir mão de rentabilidade e controle operacional.
Para o Charlie, a aposta no segmento premium funciona como um teste para um modelo que pode ser replicado em outras praças. A leitura é que o luxo, quando aliado à flexibilidade e à gestão profissional, tende a ganhar espaço como alternativa tanto para investidores quanto para usuários finais.
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