HOTELARIA E TURISMO

Manoel Linhares pede revisão imediata dos reajustes autorizados pela Aneel

Por Marcelo - Em 22/04/2022 às 8:46 AM

Após mais de dois anos impactados pelas restrições impostas pela pandemia, o setor de turismo e hospitalidade conseguiu retomar as atividades com mais vigor. Quando tudo começa a voltar ao normal e o mercado dá sinais de recuperação, o setor de hotelaria recebe uma notícia que impactará de forma muito negativa não só o segmento, mas toda a economia em alguns estados nordestinos. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) autorizou um aumento significativo nas contas de luz dos estados do Ceará (24,85%), Bahia (21,13%), Rio Grande do Norte (19,87%) e Sergipe (16,46%).

Manoel Linhares quer a revisão imediata dos aumentos autorizados                 Foto: Portal IN 

De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH Nacional), no caso específico do Ceará, que teve o maior reajuste, a tarifa aplicada na conta de luz saltou 31 posições, saindo de R$ 588,80 por megawatt (MW) a cada hora, para R$ 731,60. “Antes do aumento aprovado, o preço cobrado na energia elétrica do Estado representava o 39º mais caro do Brasil. Agora, ficará em 8º lugar. É importante lembrar ainda que, atualmente, mais de 40% do valor da conta de luz é composto por encargos e tributos (16% e 28% respectivamente) e que uma revisão nesses números poderia ajudar muito a diminuir o impacto do aumento”, afirmou.

Ressaltou que sobre esses percentuais, a Aneel ainda tem muito a esclarecer, pois é preciso dar maior transparência sobre a definição dos índices de aumento. Além de deixar claro uma contrapartida na melhoria da qualidade dos serviços prestados, já que a concessionária – Enel – é alvo de muitas reclamações no Estado, principalmente com relação a variação de consumo, erro de leitura e falta de energia elétrica.

“O setor ainda precisa de apoio para avançar na sua recuperação. Necessitamos que as autoridades responsáveis atuem para que possamos rever esse aumento, pois caso contrário isso tornará ainda mais difícil a recuperação econômica do turismo nesses estados. Além, é claro, de afetar vários outros setores econômicos, como o comércio, agronegócio, construção civil, vestuário, metalúrgica, alimentícia, de diversos segmentos industriais e da população em geral, todos já tão sofridos”, salientou.

E destacou que, ao contrário de aumentar os custos para as empresas, são necessárias medidas que aliviem seus encargos. “Para que não só possam atravessar a crise imposta pela pandemia, mas para que também voltem a crescer, a gerar empregos e divisas para toda a nossa sociedade. Para isso, é necessário que a sociedade civil e as autoridades parlamentares sejam firmes e exijam da Aneel uma revisão urgente desse aumento”, completou Manoel Linhares.

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