NOVO GOVERNO

Mansueto Almeida diz, em Harvard, que reforma tributária deverá ser prioridade

Por Marcelo - Em 14/11/2022 às 11:45 AM

O economista-chefe do BTG Pactual e ex-secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, durante a conferência MBA Brasil 2022, realizada neste domingo (13) na Harvard Business School, em Boston, afirmou que se fosse participar do futuro Governo Federal iria trabalhar fortemente por uma reforma tributária.

Mansueto Almeida acredita que o Brasil deve ter uma boa performance          Foto: Divulgação

No seu entender, há um grande volume de tributos diretos e uma baixa tributação das PJs que atualmente são incluídas no regime de lucro presumido. Também destacou que deveria realizar a manutenção de programas que já se mostraram positivos, como as concessões de aeroportos e faria uma revisão dos gastos públicos.

De acordo com reportagem do Brazil Journal, ele destacou que algumas reformas realizadas nos últimos cinco ou seis anos deram um novo impulso ao desenvolvimento econômico do Brasil. Lembrou que o desemprego está em queda e a taxa de investimentos, atualmente, é a mais alta dos últimos oito anos, devido ao crescimento do setor privado.

Disse não acreditar que o novo governo possa alterar de modo radical os programas que estão dando certo. “Apesar de algumas declarações sobre mudanças no marco regulatório, aos poucos o novo governo vai ver o que está funcionando e não tem porque mudar”, afirmou Mansueto, citando como exemplo as concessões do saneamento básico.

Destacou alguns erros estratégicos como uso exagerado de bancos públicos em ações de mercado, como financiamento de fusões ou aquisições, a tentativa de reativar a indústria naval e os gastos extraordinários com a Copa do Mundo de 2014. E acredita que os setores de energias renováveis e do agronegócio estão com um futuro muito promissor.

E ressaltou que apesar de muitos países estarem buscando opções aos combustíveis fósseis, no Brasil, devido ao pré-sal, ainda haverá fortes investimentos para elevar a atual produção de cerca de 3 milhões de barris de petróleo por dia para quase cinco milhões até 2029. “O Brasil tem condições de ter uma boa performance nos próximos anos, crescer e reduzir desigualdades”, salientou Mansueto Almeida.

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