ESTUDO DO BC

Mercado financeiro reduz estimativa de inflação para 7,11% no acumulado anual

Por Marcelo - Em 08/08/2022 às 9:56 AM

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do País, caiu de 7,15% para 7,11% neste ano. É a 6ª redução consecutiva da projeção e está no Boletim Focus de hoje (8), pesquisa do Banco Central (BC), com a expectativa de instituições para os principais indicadores econômicos. Para 2023, a estimativa de inflação ficou em 5,36%. Para 2024 e 2025, as previsões são de 3,3% e 3%, respectivamente.

Estimativa de inflação para este ano registrou a sexta queda consecutiva        Foto: Divulgação

Apesar das seguidas reduções, a previsão para 2022 ainda está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,5% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.
Em junho, a inflação subiu 0,67%, após a variação de 0,47% registrada em maio. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 5,49%, no ano, e 11,89%, em 12 meses.

Os dados de julho devem ser divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística amanhã, mas o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, registrou inflação de 0,13% no mês passado, menor que a de junho (0,69%).

Juros

Para alcançar a meta de inflação, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom), o maior nível desde janeiro de 2017, quando estava o mesmo patamar.  Segundo o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre o ano nesse percentual. Para o fim de 2023, a estimativa é de que a taxa básica caia para 11% a.a.. E para 2024 e 2025, deve ficar em 8% e 7,5% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Além da taxa Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

PIB e câmbio

As instituições financeiras consultadas pelo BC elevaram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 1,97% para 1,98%. Para 2023, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) é de crescimento de 0,4%. Em 2024 e 2025, o mercado financeiro projeta uma expansão do PIB entre 1,7% e 2%, respectivamente.

A expectativa para a cotação do dólar manteve-se em R$ 5,20 para o final deste ano. Para o fim de 2023, a previsão é de que a moeda norte-americana também fique nesse mesmo patamar. (Agência Brasil)

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