PESQUISA SEBRAE

MPEs geram cerca de 85% dos empregos celetistas cearenses no primeiro semestre

Por Marcelo Cabral - Em 09/08/2023 às 5:28 PM

Um levantamento realizado pelo Sebrae Nacional, baseado em informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), revela que as micro e pequenas empresas (MPEs) foram responsáveis pela geração de 18.062 empregos com carteira assinada no Ceará. O número corresponde a cerca de 85% do total de 21.230 empregos formais criados no Estado, de janeiro a junho deste ano.

Setor de Serviços gerou 8.703 postos de trabalho celetistas no Ceará

Entre os pequenos negócios, o setor de Serviços vem sendo o maior gerador de empregos formais, tendo contribuído com um acumulado de 8.703 postos de trabalho formal no Ceará no primeiro semestre de 2023. Em seguida, aparecem a Construção Civil com 6.059, o Comércio com 1.790 e a Indústria da Transformação, com 1.150 empregos celetistas gerados.

Apenas em junho, as micro e pequenas empresas geraram 4.351 empregos formais, correspondendo a 66% do total de 6.571 postos de trabalho criados no Ceará no referido mês. Entre as MPEs, destacaram-se os setores da Construção, com 2.410 empregos criados, Serviços, com 971 e o Comércio, com 794.

De acordo com o superintendente do Sebrae-CE, Joaquim Cartaxo, o resultado só reforça o papel estratégico que os pequenos negócios desempenham para a economia cearense e do Brasil. “Mais uma vez os números do Caged mostram a força dos pequenos negócios e a importante contribuição que eles dão para a geração de emprego e renda no Ceará e no País”.

Vagas no País

Em todo o Brasil, as MPEs geraram quase 710 mil vagas de trabalho, ou cerca de 70% do total de empregos formais gerados no período (pouco mais de 1 milhão). O quadro é semelhante ao que já havia sido registrado nos primeiros semestres de 2021 e 2022. O presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima, ressalta que a criação de empregos no País poderia ser ainda maior, caso os pequenos negócios tivessem uma participação mais expressiva nas compras públicas.

“Ampliar a participação das micro e pequenas empresas nas compras governamentais – que hoje é de 30% -, é uma das bandeiras do governo do presidente Lula. Este pode ser um poderoso instrumento para impulsionar ainda mais os pequenos negócios. Entretanto, mesmo enfrentando uma taxa de juros absurda e que inibe o investimento, as MPEs deram, mais uma vez, uma contribuição inestimável à manutenção do emprego no País”, ressalta Décio Lima.

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