A camada do pré-sal respondeu por mais de 80% da produção total, com 4,143 milhões de boed, novo recorde histórico

A produção nacional de petróleo e gás natural superou pela primeira vez a marca de 5 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) em setembro, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O volume total atingiu 5,114 milhões de boed, impulsionado pelo desempenho recorde do pré-sal.

A camada do pré-sal respondeu por mais de 80% da produção total, com 4,143 milhões de boed, novo recorde histórico. Somente o petróleo representou 3,915 milhões de barris por dia, alta de 0,5% em relação a agosto e 12,7% na comparação anual. Já a produção de gás natural alcançou 190,6 milhões de metros cúbicos diários, avanço de 0,9% sobre o mês anterior e 12,1% frente a setembro de 2024.

O campo de Tupi, localizado no pré-sal da Bacia de Santos, manteve-se como o maior produtor do país, com 818 mil barris de petróleo por dia e 40,48 milhões de metros cúbicos de gás natural. Entre as plataformas, o FPSO Almirante Tamandaré, que opera nos campos de Búzios e Tambuatá, registrou a maior extração de petróleo (222 mil barris diários), enquanto o FPSO Guanabara, em Mero, liderou a produção de gás natural com 12,13 milhões de m³ por dia.

O aproveitamento do gás natural chegou a 97,9%, com 66,24 milhões de m³/d destinados ao mercado. A queima de gás caiu 16,1% em relação a agosto, embora tenha sido 12,8% maior que no mesmo mês do ano passado.

Com os resultados de setembro, o Brasil consolida sua posição como um dos principais produtores globais de petróleo e gás, impulsionado pela eficiência das operações do pré-sal e pelo avanço tecnológico das plataformas em águas profundas.