A produção industrial brasileira recuou 2,4% na passagem de fevereiro para março deste ano, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (5), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em sua Pesquisa Industrial Mensal (PIM). Trata-se da segunda retração consecutiva, já que, de janeiro para fevereiro, houve uma retração de 1%.

Setor automotivo registrou retração de 8,4% no período analisado                   Foto: Divulgação

Em 12 meses, a indústria acumula perda de 3,1%. Na comparação com março do ano passado, início das medidas restritivas para combater a pandemia da Covid-19, houve alta de 10,5%. No acumulado do ano, a indústria cresceu 4,4%. Na comparação de março com fevereiro deste ano, o maior recuo foi observado nos bens de consumo semi e não duráveis (-10,2%).

Também caíram os bens de consumo duráveis (-7,8%) e os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (-6,9%). Os bens intermediários, os chamados insumos industrializados usados no setor produtivo, registraram uma expansão de 0,2% no período.

Veículos automotores

Das 26 atividades industriais pesquisadas 15 tiveram queda na produção de fevereiro para março. O principal responsável por esse comportamento da indústria foi o setor de veículos automotores, reboques e carrocerias (-8,4%).

Outras quedas importantes foram registradas na confecção de artigos do vestuário e acessórios (-14,1%), outros produtos químicos (-4,3%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,4%), além de couro, artigos para viagem e calçados (-11,2%).

Entre os 11 setores que registraram crescimento no período analisado, os principais destaques foram indústrias extrativas (5,5%), outros equipamentos de transporte (35%), bem como coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,7%). (Agência Brasil)