
Investida global
Rede chinesa de fast food que superou McDonald’s chega ao Brasil com aporte bilionário
Por Anchieta Dantas Jr. - Em 14/05/2025 às 4:10 PM

Hoje, é avaliada em mais de US$ 10 bilhões e supera em número de unidades nomes como McDonald’s e Starbucks Foto: Reprodução
Com 45 mil unidades espalhadas pelo mundo, a Mixue — rede chinesa de sorvetes e bubble tea — acaba de anunciar sua estreia no mercado brasileiro. A marca desembarca por aqui com um investimento inicial de R$ 3,2 bilhões e o ambicioso plano de criar até 25 mil empregos no país até 2030.
Trata-se da primeira grande rede de fast food da China a operar no Brasil, num movimento que consolida o apetite do país asiático por protagonismo global no setor de alimentação.
Fundada em 1997 por Zhang Hongchao, então um universitário de 21 anos, a empresa nasceu de uma barraca de raspadinhas financiada com a ajuda da avó. Oito anos depois, já com uma loja fixa e cardápio expandido, a Mixue começou a trilhar um caminho de crescimento agressivo. Hoje, é avaliada em mais de US$ 10 bilhões e supera em número de unidades nomes como McDonald’s e Starbucks.
Modelo verticalizado
A fórmula da expansão meteórica mistura preços baixos — casquinhas por menos de US$ 1 são marca registrada na Ásia — com controle quase total da cadeia produtiva. Desde 2007, a Mixue investe em plantas próprias para fabricação de insumos e logística, o que permitiu escalar o negócio com eficiência e manter margens competitivas.
Na prática, a proposta é simples: um menu enxuto, operação no modelo “takeaway” e forte apelo visual. A identidade da marca é representada pelo mascote “Snow King”, um boneco simpático de coroa vermelha que virou ícone entre jovens consumidores chineses e agora mira o mesmo sucesso em novos mercados.
De bilionário local a nome global
Hoje na lista dos bilionários da Forbes, Zhang transformou a marca em símbolo do novo consumo jovem na China. O plano agora é repetir a receita em países estratégicos da América Latina, começando pelo Brasil.
A chegada da Mixue confirma uma tendência mais ampla de internacionalização de marcas chinesas de varejo — e acende o alerta para redes ocidentais já consolidadas por aqui. O jogo está longe de ser apenas sobre comida. Trata-se de escala, branding e, acima de tudo, de quem dita as regras do fast food global nos próximos anos.
Com informações da Forbes Brasil.
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