
FIEC CRITICA ALTA DA SELIC
Ricardo Cavalcante afirma que o setor produtivo não pode financiar ajuste fiscal
Por Marcelo Cabral - Em 20/06/2025 às 10:38 AM

Ricardo Cavalcante disse que a alta da Selic “impõe um custo inaceitável” para a produção industrial
A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) emitiu uma nota oficial demonstrando muita preocupação com a nova elevação da taxa básica de juros, a Selic, pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), esta semana. Em documento assinado pelo presidente Ricardo Cavalcante, a entidade destaca que “este é um dos níveis mais elevados da história recente do Brasil, que impõe um custo inaceitável para a produção industrial”.
O Copom elevou para 15% ao ano a Selic, a sétima alta consecutiva, e este é o nível mais elevado desde julho de 2006, quando atingiu a marca dos 15,25% anuais. A FIEC ressalta que o combate à inflação é imprescindível, mas não se podem ignorar os efeitos colaterais que este novo aperto monetário poderá provocar nos próximos meses.
“A taxa Selic em 15% ao ano coloca o Brasil em uma posição completamente descolada do restante do mundo, onde os juros reais estão em trajetória de queda. O setor produtivo não pode continuar sendo o agende financiador do ajuste econômico do País”, assevera o documento.
Outras entidades nacionais importantes, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI), também criticaram a elevação da taxa de juros no Brasil. O presidente Ricardo Alban classificou como um constrassenso o Banco Central se manifestar contra a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e aumentar a Selic. E que há uma necessidade urgente de um pacto em todo o País para o avanço de medidas estruturantes.
A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) também vê com preocupação a decisão anunciada pelo Copom esta semana, pois o Brasil possui a segunda maior taxa de juros real do mundo. “É fundamental o comprometimento com uma estratégia de longo prazo para a redução sustentável da taxa Selic”, salienta.
Veja a nota da FIEC na íntegra:

Nota Oficial da FIEC
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