Na área de gastos, as entidades propõem um contingenciamento de R$ 18,9 bilhões

Cinco confederações dos setores produtivo e financeiro apresentaram ao governo federal uma série de propostas para reequilibrar as contas públicas em 2024 e 2025. O documento, entregue ao presidente Lula na semana passada em Paris e divulgado nesta sexta-feira (13), sugere medidas tanto de contenção de despesas quanto de aumento de receitas.

Na área de gastos, as entidades propõem um contingenciamento de R$ 18,9 bilhões ainda este ano e mudanças estruturais para 2025, como a desvinculação de benefícios sociais (como BPC e seguro-desemprego) do salário mínimo, além da limitação dos reajustes mínimos em saúde e educação pela inflação. Juntas, essas medidas poderiam gerar economia de até R$ 49,4 bilhões em 2025.

Do lado da arrecadação, as confederações sugerem a criação de uma Cide sobre apostas online, com potencial de arrecadação de R$ 25,2 bilhões em 2026, além da retomada de programas de regularização de ativos e tributação de serviços digitais. O impacto total das medidas pode alcançar R$ 33,4 bilhões em receitas no ano de 2026.

Assinam o documento a CNseg (seguradoras), CNI (indústria), Fin (instituições financeiras), CNT (transportes) e CNC (comércio e serviços). As entidades criticam recentes medidas fiscais do governo, como o aumento do IOF e a criação de uma tarifa social de energia, e defendem um ajuste mais focado na contenção de despesas.