OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS

Trabalho no metaverso impacta relações corporativas, sociais e de consumo

Por Marcelo - Em 28/03/2022 às 12:20 PM

A edição 2022 do South by Southwest (SXSW), maior festival de inovação do mundo, teve um brasileiro entre seus palestrantes. O empreendedor Pedro Chiamulera, fundador do ecossistema de tecnologia T.group e da empresa de prevenção e combate a fraudes ClearSale, debateu o metaverso no ambiente de trabalho e seu impacto nas relações corporativas, sociais e de consumo. O painel ‘The future of workspaces and the metaverse’ contou ainda com Phil Sage, da PepsiCo; Marco Carvalho, da HeadOffice.space, e Val Vacante, da Merkle.

Segundo a plataforma de empregos Upwork, a expectativa é de que até 2028, 73% dos trabalhadores possam trabalhar totalmente remotos. Para Chiamulera, nesse cenário, o metaverso deve se consolidar no ambiente profissional nos próximos anos. “A tendência é que essa experiência imersiva e colaborativa possibilite novas oportunidades de negócios, a criação de novos empregos e a ampliação da economia digital”, afirma.

Pedro Chiamulera vem desenvolvendo ações no metaverso há anos               Foto: Divulgação

De acordo com ele, enquanto muitos discutiam o ambiente tridimensional somente em games, seu grupo já pensava que poderia ser uma ferramenta poderosa para o trabalho. “O metaverso possui uma experiência lúdica única de poder criar, brincar e trabalhar de forma a conectar as pessoas. As empresas entenderam as inúmeras possibilidades dentro desse novo universo e estão se preparando para aproveitar as oportunidades”, explica.

Dados levantados pela EarthWeb, em 2020, revelaram que o mercado do metaverso foi avaliado em US$ 46 bilhões e estima-se que até 2025 deva valer US$ 280 bilhões, um crescimento de 509% em cinco anos. Essa ampliação está diretamente relacionada à criação de ambientes online para conectar pessoas, empresas e negócios.

“A tecnologia imersiva do metaverso gera diferentes estímulos que promovem mudanças na relação de trabalho. O metaverso chega para conectar ainda mais pessoas e empresas, criando uma relação de colaboração e inovação que combina o real com o virtual. O ambiente também gera uma quebra de barreiras, possibilitando um espaço com mais empatia, diversidade e aceitação às diferenças”, analisa o ex-atleta.

O ecossistema de tecnologia T.group é parceiro do HeadOffice, ambiente no metaverso projetado levando em alta consideração as relações de trabalho. Futuramente, o T.group deve criar seu próprio espaço de trabalho no HeadOffice, visando fomentar no metaverso novos ambientes de confiança e inovação. Um dos principais desafios, segundo Chiamulera, é a introdução de novas tecnologias para a sociedade em geral.

“As empresas que investirem nisso se posicionarão com vantagem competitiva. Uma das dificuldades no metaverso é as pessoas compreenderem seu propósito e o abraçarem como uma tecnologia que beneficiará as relações de trabalho, e acredito que as empresas ajudarão a popularizar o metaverso. As gerações mais novas têm mais facilidade de trabalhar nessa nova realidade, mas a ideia é que seja um ambiente para todos”, completa Pedro Chiamulera.

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