A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deu um importante passo rumo à modernização do transporte rodoviário de cargas no Brasil, ao anunciar que o sistema eletrônico será o único modelo permitido para o pagamento do Vale-Pedágio Obrigatório, a partir de 1º de janeiro de 2025. A medida está regulamentada pela Resolução nº 6.024, de 3 de agosto de 2024, e promete elevar os padrões de eficiência, segurança e transparência no setor.

Com a nova regulamentação, os métodos tradicionais de pagamento do Vale-Pedágio, como cartões e cupons, serão descontinuados. Os cupons e cartões emitidos até a próxima terça-feira (31) ainda poderão ser utilizados, mas terão validade limitada a 30 dias. Após 31 de janeiro de 2025, apenas o sistema eletrônico via TAG será aceito em todas as praças de pedágio do País.

Pedágios serão automatizados para caminhoneiros, visando agilizar o transporte rodoviário de cargas

Benefícios e avanços

A adoção exclusiva do sistema eletrônico é um reflexo do alinhamento da ANTT às tecnologias mais modernas, incluindo o Free Flow (Sistema de Pedagiamento Eletrônico), e promove uma série de benefícios estratégicos. Um deles é a eficiência operacional, pois traz uma redução significativa das filas e do tempo de espera nas praças de pedágio.

Outras vantagens são: A previsibilidade, proporcionando um planejamento logístico mais eficiente para transportadores e embarcadores. A segurança jurídica, pois o pagamento antecipado do Vale-Pedágio assegura um maior controle. Além da fiscalização aprimorada, visto que o monitoramento eletrônico possibilita uma supervisão mais eficaz e transparente.

Adaptação obrigatória

Transportadores e embarcadores têm até 31 de dezembro de 2024 para se adequarem ao novo modelo, garantindo a aquisição e implementação das TAGs. Segundo José Aires Amaral Filho, superintendente de Serviços de Transporte Rodoviário e Multimodal de Cargas (SUROC/ANTT), a transição representa um marco relevante para o setor.

“O pagamento automatizado, compatível com tecnologias como o Free Flow, não apenas minimiza as evasões de pedágio, mas também fortalece o cumprimento do Vale-Pedágio Obrigatório, um direito essencial dos transportadores. Essa mudança reduzirá o tempo de espera para caminhoneiros, diminuirá filas nas praças de pedágio e tornará a logística mais eficiente, contribuindo diretamente para a redução de custos no transporte e para a competitividade do setor no País”, destaca Amaral.

Futuro do transporte

A ANTT reforça a importância da adaptação ao modelo eletrônico, enfatizando que o fim dos métodos físicos é parte de um esforço mais amplo para modernizar o transporte rodoviário brasileiro. A implementação do sistema eletrônico alinha o setor a padrões internacionais, promovendo eficiência, justiça e competitividade.

Com esta iniciativa, o Brasil avança rumo a um transporte rodoviário mais dinâmico e preparado para enfrentar os desafios da logística no século XXI. E todo esse movimento vai acabar beneficiando transportadores, embarcadores e, em última análise, a própria economia nacional.