Chatsworth House

Ao longo de 2025, a Inglaterra se rende aos encantos de Jane Austen, autora de “Emma” e “Orgulho e Preconceito”, que completa 250 anos de nascimento em dezembro. De bailes históricos em salões aristocráticos a concertos intimistas em igrejas rurais, as homenagens se espalham por vilarejos e cidades que marcaram sua trajetória literária.

Na antiga residência de Jane Austen, em Chawton, a programação começou com o Sense & Sensibility Festival, que terminou no domingo (11), reunindo fãs em experiências como leituras encenadas à luz de velas, oficinas de caligrafia mindful, conversas sobre moda regencial, música, literatura e os desafios de envelhecer no século XIX. Já em julho, é a vez de “Emma” ganhar os holofotes no Emma Festival, que acontece entre os dias 12 e 20 com clubes de leitura, visitas guiadas temáticas, oficinas de ilustração de moda, palestras sobre adaptações cinematográficas e até um dia inteiro dedicado a trajes de época.

Em Steventon, onde Austen nasceu e viveu seus primeiros anos, a igreja do século XII que sua família frequentava ganha destaque com uma programação simbólica. No dia 8 de junho, o local recebe o concerto de câmara “Palavras e Música de Jane Austen”, enquanto no dia 6, o antigo campo de bombas onde ficava a casa paroquial abriga uma feira rural aberta ao público.

Já em Bath, cidade que inspirou romances como Abadia de Northanger, o Jane Austen Festival movimenta setembro com trajes de época, desfiles e bailes como o Náutico de 31 de maio. O centro cultural homônimo promove oficinas e celebrações com referências a Sanditon. E na histórica Southampton, a escrivaninha portátil em que Austen começou a escrever Orgulho e Preconceito ganha exposição na Torre da Casa de Deus, com entrada gratuita mediante agendamento.

A programação se estende até dezembro, quando a pequena igreja de Steventon volta a se encher de visitantes para um culto de Ação de Graças no dia 16. Na vizinha Chawton, onde Austen escreveu suas principais obras, a antiga residência da autora promove uma mostra inédita sobre sua influência na cultura pop. Afinal, como ela mesma escreveu: “Nunca se pode dar uma festa grande demais.”