
Relatório do Deutsche Bank
Custo de vida e bem-estar: as cidades que subiram e caíram no ranking global
Por Paulla Pinheiro - Em 01/07/2025 às 12:21 PM

Luxemburgo
O novo relatório Mapping the World’s Prices – 2025, elaborado pelo Instituto de Pesquisa do Deutsche Bank, voltou os holofotes para Luxemburgo, agora eleita a cidade mais habitável do mundo. Na edição de 2025, o estudo analisou 69 centros urbanos sob múltiplos aspectos — de moradia e mobilidade ao poder de compra — e revelou transformações relevantes na hierarquia global do custo de vida.
Além de Luxemburgo, as quatro cidades com melhor qualidade de vida incluem Copenhague, Amsterdã, Viena e Helsinque, que se destacam pelo equilíbrio entre infraestrutura urbana, serviços públicos, segurança e impacto ambiental. Em contrapartida, centros financeiros tradicionais como Tóquio, Paris, Hong Kong, Londres e Nova York caíram posições no ranking devido a fatores como alto custo de moradia, deslocamentos longos e aumento da poluição.
A ascensão de cidades norte-americanas no topo do custo de vida também chama atenção. Nova York, Boston e São Francisco agora disputam diretamente com Zurique e Genebra os primeiros lugares entre os destinos mais caros do mundo para viver. No centro da capital financeira dos EUA, alugar um apartamento de três quartos custa, em média, US$ 8,5 mil mensais. A valorização do dólar, a força do setor de tecnologia e o desempenho de Wall Street ajudaram a consolidar esse novo cenário urbano — que, segundo o relatório, pode já estar próximo do seu pico de preços.
O estudo também aponta indicadores mais sutis, como o custo de indulgências do dia a dia. Um cappuccino, por exemplo, é mais caro em Zurique; já uma taça de vinho tem o maior preço registrado em Singapura. Seul aparece como o local mais acessível para comprar um novo iPhone, enquanto Bangalore é citada como a cidade mais barata para um encontro casual.
Com quase uma década de edições, o relatório do Deutsche Bank vem acompanhando mudanças de longo prazo. Desde 2000, o poder de compra em Luxemburgo cresceu 14 posições, enquanto países como Japão perderam relevância. Nova Zelândia, Austrália e Emirados Árabes Unidos avançaram significativamente. Para além dos números, o estudo reafirma o que muitos já sentem no cotidiano: viver bem depende cada vez mais do equilíbrio entre renda, acesso e tempo.
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