GARANTIA

Tesouro paga R$ 1,05 bi em dívidas de estados e municípios em novembro

Por Redação - Em 15/12/2025 às 4:16 PM

Dinheiro, Cédulas De Real

Desde 2016, a União pagou R$ 85,04 bilhões em dívidas garantidas

A União pagou R$ 1,05 bilhão em dívidas atrasadas de estados e municípios em novembro, segundo o Relatório de Garantias Honradas pela União em Operações de Crédito e Recuperação de Contragarantias, divulgado nesta segunda-feira (15) pelo Tesouro Nacional.

No acumulado do ano, já são R$ 9,59 bilhões de débitos honrados de entes federados. Em 2024, o valor chegou a R$ 11,45 bilhões de dívidas garantidas pela União.

Do total pago no mês passado, R$ 704,81 milhões são débitos não quitados pelo estado do Rio de Janeiro; R$ 227,80 milhões do Rio Grande do Sul; R$ 75,32 milhões de Goiás; R$ 35,66 milhões de Minas Gerais; R$ 9,64 milhões do município de Parauapebas (PA); R$ 116,15 mil de Paranã (TO); e R$ 76,47 mil de Santanópolis (BA).

Desde 2016, a União pagou R$ 85,04 bilhões em dívidas garantidas. Além do relatório mensal, o Tesouro Nacional disponibiliza os dados no Painel de Garantias Honradas.

As garantias representam os ativos oferecidos pela União – representada pelo Tesouro Nacional – para cobrir eventuais calotes em empréstimos e financiamentos dos estados, municípios e outras entidades com bancos nacionais ou instituições estrangeiras, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Como garantidora das operações, a União é comunicada pelos credores de que não houve a quitação de determinada parcela do contrato.

Recuperação de garantias

Caso o ente não cumpra suas obrigações no prazo estipulado, o Tesouro compensa os calotes, mas desconta o valor coberto de repasses federais ordinários – como receitas dos fundos de participação e compartilhamento de impostos, além de impedir novos financiamentos. Sobre as obrigações em atraso incidem ainda juros, mora e outros encargos previstos nos contratos de empréstimo, também pagos pela União.

Há casos, entretanto, de bloqueio na execução das contragarantias pela adoção de regimes de recuperação fiscal, por meio de decisões judiciais que suspenderam a execução ou por legislações de compensação das dívidas. Dos R$ 85,04 bilhões honrados pela União, cerca de R$ 77,46 bilhões se enquadram nessas situações.

Desde 2016, a União recuperou R$ 5,9 bilhões em contragarantias. Os maiores valores são referentes a dívidas pagas pelos estados do Rio de Janeiro (R$ 2,77 bilhões) e de Minas Gerais (R$ 1,45 bilhão), além de outros estados e municípios. Em 2025, a União já recuperou R$ 247,47 milhões em contragarantias. (Agência Brasil)

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TRABALHO COLETIVO

Lula destaca abertura de 500 mercados internacionais para agropecuária

Por Redação - Em 15/12/2025 às 4:05 PM

Lula Foto Agência Brasil

“A gente produz para atender o mercado interno e a gente produz tão bem que a gente consegue atender as necessidades do mercado externo. Essa é a coisa mais perfeita que poderia acontecer”, destacou Lula FOTO: Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta segunda-feira (15), que o trabalho coletivo do governo e a qualidade da produção nacional são os responsáveis pela abertura de mais de 500 mercados internacionais para produtos agropecuários brasileiros entre 2023 e 2025. “O acerto das coisas que estão acontecendo no Brasil se deve ao aprendizado que nós tivemos ao longo de muitos anos”, disse.

Lula participou, em Brasília, da inauguração da sede própria da ApexBrasil, a agência de promoção comercial do país no exterior. O evento também celebra a abertura dos 500 novos mercados fora do Brasil, que já resultam em US$ 3,4 bilhões em exportações.

Esse trabalho de expansão comercial é liderado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com participação da ApexBrasil, do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e em articulação com o setor privado.

“O que acontece no Brasil hoje: a gente produz para atender o mercado interno e a gente produz tão bem que a gente consegue atender as necessidades do mercado externo. Essa é a coisa mais perfeita que poderia acontecer”, destacou Lula.

O presidente elogiou o trabalho dos ministros e de autoridades envolvidas na internacionalização do Brasil e contou que quer expandir mais. No próximo ano, por exemplo, ele participa da Feira de Hannover, na Alemanha, um dos principais eventos de inovação e tecnologia industrial do mundo. Para Lula, a indústria nacional já é competitiva e tem identidade própria.

“Nós já não precisamos do que eles precisam. Agora, quem tem que falar isso somos nós. Então, nessa feira, a gente vai ver se leva a maior quantidade de empresário que nós já levamos, porque chega do Brasil se apresentar como se fosse um coitadinho”, afirmou.

Lula ainda viaja para a Coreia do Sul, onde quer explorar parcerias no setor de cosméticos, e para a Índia, onde, segundo ele, há potencial nas áreas de defesa, de fármacos e de tecnologias agrícolas.

Os 500 mercados abertos em mais de 80 países têm potencial de exportação de mais de US$ 37,5 bilhões por ano, de acordo com estimativas do Mapa. Cada país pode ter vários mercados para diferentes tipos de produtos. Entre os itens habilitados nesses novos mercados, os destaques são carnes, algodão, frutas e pescados.

Para o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, o “feito histórico” de expansão comercial é resultado da boa diplomacia brasileira e da capacidade de produção do país. Ele ainda lembrou que, em 2025, o Brasil recebeu a certificação de país livre de febre aftosa.

“Por 72 anos, o Brasil lutou contra essa doença. E o mundo agora reconhece a sanidade dos produtos brasileiros, capacidade de produzir cada vez mais com garantia das qualidades. Para isso, para ganhar força de trabalho, saímos de 29 adidos [representante do país no exterior] para 40 novos adidos percorrendo os países, interagindo com os empresários. Enfim, uma força tarefa sempre precedente”, afirmou.

Segundo Fávaro, os 500 novos mercados, gradativamente, se transformarão em novos negócios. “O empresário do outro lado compra um produto, faz o primeiro container, vê que o produto é bom, vê que chega na hora certa, que tem demanda e o Brasil aguenta suprir essa demanda, ele vai ampliar. O fruto desses 500 mercados, o Brasil vai entender nos próximos anos, a odisseia e a grande oportunidade”, acrescentou.

Promoção comercial

De acordo com a ApexBrasil, entre 2023 e 2025, o esforço conjunto entre a agência, o Mapa e MRE resultou em mais de 170 ações internacionais em 42 países, alcançando US$ 18 bilhões em negócios projetados e atendendo mais de três mil empresas brasileiras. Neste período, foram realizadas 19 missões oficiais presidenciais e 5 vice-presidenciais.

O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, contou ainda a importância da parceria com o setor privado. “A Apex tem 52 convênios com 52 setores da economia do Brasil [para participação em eventos no exterior]. Convênios meio a meio, a Apex põe a metade do dinheiro e as organizações põe a metade do dinheiro. Para quê? Para o Brasil estar presente no mundo inteiro. São mil eventos por ano”, disse.

Criada oficialmente em 2003, no primeiro mandato do presidente Lula, até outubro de 2025, a ApexBrasil registrou 20.754 empresas apoiadas no ano, sendo 66% delas de micro, pequenas e médias, com foco especial nas regiões Norte e Nordeste, dentro de uma estratégia de descentralização das ações de promoção comercial.

O vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, contou que o Brasil deve bater o recorde de exportação neste ano. “Mesmo com o mundo crescendo menos e preço menor, nós devemos bater um recorde de US$ 345 bilhões de exportação, e US$ 629 bilhões de corrente de comércio. Até o panetone aumentou a exportação, aumentou 4% da exportação de panetone esse ano”, disse.

“Não há país do mundo que tenha um crescimento mais forte e sustentável que não se abriu ao mundo, que não priorizou o comércio exterior, que não conquistou o mercado”, acrescentou Alckmin. (Agência Brasil)

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Fortuna global

IPO da SpaceX pode colocar Elon Musk às portas do primeiro trilhão de dólares

Por Redação - Em 15/12/2025 às 4:00 PM

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Uma eventual abertura de capital da SpaceX criaria um segundo caminho claro para que Musk se torne o primeiro trilionário da história

Elon Musk pode dar um salto histórico em seu patrimônio caso a SpaceX realize uma oferta pública inicial no próximo ano avaliada em cerca de US$ 1,5 trilhão. Nesse cenário, a participação do empresário na companhia espacial superaria US$ 600 bilhões, mais do que quadruplicando o valor atual estimado de sua fatia na empresa.

Segundo estimativas do Bloomberg Billionaires Index, Musk detém aproximadamente 42% da SpaceX. Considerando uma avaliação nesse patamar, apenas essa participação elevaria sua fortuna total para perto de US$ 1 trilhão, mesmo sem levar em conta outros ativos relevantes, como sua posição na Tesla, a montadora mais valiosa do mundo.

Hoje, a fatia de Musk na SpaceX é calculada em cerca de US$ 136 bilhões, com base em uma transação secundária realizada no fim de 2024 que avaliou a empresa em quase US$ 350 bilhões, já descontados fatores de liquidez por se tratar de uma companhia de capital fechado. Negociações mais recentes no mercado secundário indicaram valores ainda maiores, mas com volumes reduzidos.

Uma eventual abertura de capital da SpaceX criaria um segundo caminho claro para que Musk se torne o primeiro trilionário da história, após ele ter garantido recentemente um pacote de remuneração bilionário atrelado ao desempenho da Tesla. No caso da montadora, o pagamento depende do cumprimento de metas agressivas, como uma valorização de mercado que multiplicaria várias vezes o tamanho atual da empresa.

Apesar do entusiasmo dos investidores, os desafios são significativos. Um IPO da SpaceX nesse nível de avaliação colocaria a companhia próxima do maior lançamento de ações já realizado, o da Saudi Aramco, em 2019. A comparação chama atenção porque a petroleira saudita tinha uma escala de receitas muito superior à da empresa de Musk no momento da oferta.

Ainda assim, a SpaceX vem acumulando forte crescimento de valor. A companhia, que atua tanto no lançamento de foguetes quanto no serviço de internet via satélite Starlink, negocia um novo acordo que pode permitir a venda de ações por funcionários a uma avaliação superior a US$ 800 bilhões. Caso se concretize, o movimento reforçaria sua posição como a empresa privada mais valiosa do mundo e acrescentaria dezenas de bilhões de dólares ao patrimônio pessoal de Musk.

Além da SpaceX e da Tesla, o empresário ainda mantém participação relevante na xAI, startup de inteligência artificial que já alcançou valuation estimado em US$ 200 bilhões. O conjunto desses ativos sustenta a expectativa de que Musk esteja mais próximo do que nunca de atingir um patamar inédito de riqueza global.

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