Impressões ao dirigir

Dirigindo uma máquina que é um clássico: Nova Classe C

Por Jota Pompílio - Em 19/04/2022 às 1:36 PM

Jota Pompílio, editor
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Subimos à serra de Guaramiranga (CE) e entre curvas e subidas íngremes a Nova Classe C “tirou de letra”. Fotos do editor.

Sabe aqueles grandes clássicos da Literatura? Pois é, no segmento automotivo há também os seus e, sem dúvida, o Novo Classe C da Mercedes-Benz está nesta exclusiva prateleira. E foi este best-seller alemão, que representa mais de 40% das vendas da fabricante, que passamos um final de semana sentindo-o, apreciando-o, estudando-o.

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Sedan esportivo seduz também pelos contornos arrojados

Dirigir um classe C é andar sobre a tradição em quatro rodas. Porém, uma tradição que sempre se renova, antenada com o que há de mais moderno. Por isso, nas ruas e avenidas, é comum flagrar sempre alguém devorando o modelo com os olhos ou ouvir “isso sim é um carro!”.

Das versões da Nova Classe C, em Fortaleza, peguei a Classe C 200 AMG que está na Newsedan de R$ 380.900, “com motor 2.0 turbo flex, 224 cv, automático (9 marchas) e com um leve toque híbrido. Antecipo logo: é preciso ter um manual já que tanta coisa que há a bordo: multimídia áudio (GPS, Bluetooth, USB, CD), 7 airbags – suspensão adaptativa, alerta de sonolência e ponto cego, secagem automática dos freios, encosto de cabeça projetável, entre outros”,

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Por dentro, ele está elegante como sempre e impera uma ótima qualidade de materiais. Todo digital, o console central dá gosto de olhar e tocar, principalmente durante a noite onde os botões, iluminados, dão show à parte! Espaço, tem e de sobra. Dois grandalhões e um baixinho como eu cabem confortavelmente no banco traseiro. Ah, um detalhe: o câmbio automático não fica na parte central e sim na direção à moda norte-americana. Achei mais prático, confesso. A câmera de ré tem várias formas de angulações dando uma segurança a mais além dos avisos sonoros.

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Comportado que nada!

Pegando as estradas a caminho de Guaramiranga, as facetas do modelo ficam expostas. Silencioso (até na partida), o motor gira sem alarde a 190 km/h em imensas retas de pistas duplicadas. “Lidu”, minha esposa, pediu que maneirasse. Caro internauta, não faça isso! Essa aceleração foi por motivo de trabalho, mas com segurança e por pouco tempo, ok? Então voltei para a velocidade permitida e nas curvas literalmente o C 200 cola. Estabilidade 10. As trocas de marchas são rápidas e silenciosas. A direção, que é levíssima, ficava dura em altas rotações. Motivo? Para a nossa proteção. Dirigibilidade 10. Dentro, o velho Frank Sinatra soltava a voz e o acústico do “som interno é excelente, né?”, detectou Lidu. “Tu sabia que a China é o país que vende mais Classe C?”, perguntei. “Não”. “Pois é! Os chineses têm um ótimo!”.

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É possível colocar a cor que você deseja no interior

Outro ponto mágico da Nova Classe C está no interior. A Mercedes equipou o modelo com a nova versão do seu MBUX (Mercedes-Benz User Experience), com uma tela multimídia de 12 polegadas, duas vezes maior que a geração anterior. Basta você dizer “Olá Mercedes” que um mundo se abre para você numa tela de cinema, ok?!

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Seu jeito, sua personalidade

Dirigindo-o, avistei o DYNAMIC SELECT. O que é isso? Ele permite que você escolha formas de condução. Ele adapta o motor, consumo, marcha e direção com seu modo.

No COMFORT é a configuração padrão que visa o máximo de conforto, o ECO maximiza a economia de energia, enquanto o SPORT e o SPORT+ fornecem uma experiência de direção mais ágil. No modo INDIVIDUAL, o motorista pode adaptar cada parte selecionável do veículo de modo independente à sua preferência. O que eu usei mais foi o Sport e Sport +. Para voltar, mais 220km e olha, voltei com um ¼ de tanque. Uma beleza de economia visto que ele é turbo!

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Até o aro é um artigo para contemplar

Confortável também os assentos em couro. Quase três horas e nenhuma dor na coluna ou vontade de “se espichar”, como se diz por aqui. Algumas vezes estacionado, nos dois dias que passei, o modelo despertava curiosidade e sempre alguém parava para dar aquela “espiadinha”. Na volta, de madrugada, percebe-se a iluminação interna: lindíssima. Os comados que ia aprendendo no decorrer do teste já sabia de cor. Você se assusta no começo, mas depois eles tornam-se fáceis e práticos.  As ultrapassagens ficam fácil, fácil nela e dar aquela segurança vital para quem dirige. O retorno foi maravilhoso assim como a ida.

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