OPERAÇÕES DE M&A

Pierre Shurmann diz que mercado de fusões e aquisições deve seguir em alta

Por Marcelo - Em 09/03/2022 às 2:27 PM

O mercado de fusões e aquisições no mundo e no Brasil deve continuar em alta este ano, mesmo com os desafios impostos neste início de 2022. Segundo o empresário Pierre Schurmann, fundador e CEO da nuvini, muitas empresas estão capitalizadas, seja pelo dinheiro dos IPOs ocorridos em 2021 ou pelas rodadas de investimentos por fundos de venture capital, e devem continuar em expansão.

De acordo com dados compilados pela Bloomberg, empresas anunciaram mais de US$ 5 trilhões em operações de M&A no ano passado, quase US$ 1 trilhão acima do recorde anual anterior de 2017. Tanto as grandes corporações como startups foram em busca de aquisições, seja para impulsionar o crescimento, incorporar novas habilidades e inovações, ou para simplificar estruturas e aproveitar sinergias.

Pierre Schurmann destacou as operações envolvendo startups                        Foto: Divulgação

No Brasil, dados do Dealogic mostram que as transações de M&A atingiram US$ 90,7 bilhões (R$ 517 bilhões) em 2021, quase o dobro do movimentado em 2020. Em volume, foram fechados 706 negócios, alta de 26% sobre o ano anterior, um recorde dos últimos dez anos. Além disso, empresas nacionais geraram quase três quartos das operações no País e devem continuar como principais consolidadoras em 2022.

Ainda segundo Schurmann, outro cenário envolve as companhias que realizaram IPO ou oferta secundária, mas as ações sofreram forte desvalorização no decorrer do ano passado. Elas poderão virar alvo de potenciais grupos consolidadores, liderados por empresas nacionais, como ocorreu em 2021. “Nós, da nuvini, anunciamos seis aquisições no ano passado e pretendemos seguir crescendo em 2022 para, no futuro, quando a janela dos IPOs nas bolsas reabrir, estarmos mais organizados e preparados para a abertura de capital”, afirmou.

Além do recorde de fusões e aquisições no Brasil, 2021 teve um movimento particular: a presença de muitas startups do lado comprador das transações. Abastecidas por uma liquidez fora do comum no mercado de venture capital, muitas dessas empresas deixaram de ser apenas alvo de aquisições e foram às compras.

Os investimentos de venture capital nas startups brasileiras tiveram alta de mais de 200% no ano passado em relação a 2020 e atingiram o recorde de US$ 9,75 bilhões, segundo relatório do Distrito. O estudo sugere que a fartura do capital de risco para as empresas de tecnologia no País deve continuar em 2022.

Outra pesquisa do Distrito, com dados do primeiro semestre de 2021, revela que mais da metade das operações de M&A no Brasil aconteceu entre startups e por startups. “Em 2020, até então o ano com maior registro de M&As envolvendo startups, foram 168 transações, com dois terços das compras sendo realizadas por grandes empresas. Nos primeiros seis meses de 2021, foram 113 fusões e aquisições, sendo que 61 transações tiveram startups como compradoras”, salientou Pierre Schurmann.

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