A desvalorização ocorre mesmo com a divisa ganhando força no exterior

O dólar encerrou a sexta-feira (8) em queda de 0,69%, cotado a R$ 5,3537, o menor valor desde junho de 2023. Foi a terceira sessão consecutiva de recuo da moeda norte-americana frente ao real, acumulando baixa de 1,11% na semana e de 13,36% no ano.

A desvalorização ocorre mesmo com a divisa ganhando força no exterior. Segundo analistas, o movimento reflete a expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos e a manutenção da Selic em 15% no Brasil, o que amplia a atratividade dos ativos domésticos.

Durante o pregão, o dólar oscilou em alta no início, acompanhando o mercado internacional, mas recuou ao longo do dia. Na B3, o contrato para outubro fechou em baixa de 0,72%, a R$ 5,3760. A mínima intradia foi de R$ 5,3445.

Especialistas apontam que a região de R$ 5,40 tem funcionado como ponto de resistência, mas há chance de a cotação recuar em direção a R$ 5,30, caso não haja novos fatores de pressão política ou comercial. O cenário ainda traz cautela em relação a eventuais medidas do governo norte-americano, após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal. Até agora, porém, nenhuma ação concreta foi anunciada.

No exterior, o índice do dólar, que compara a moeda a uma cesta de divisas fortes, subiu 0,09%, a 97,642. Pela manhã, o Banco Central realizou leilões de US$ 1 bilhão em linha e 40 mil contratos de swap cambial para rolagem de outubro, mantendo a liquidez do mercado.