A taxa média de juros recuou para 31,8% ao ano, sendo 21,7% para empresas e 36,4% para famílias

O volume total de operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) alcançou R$ 6,8 trilhões em agosto, registrando alta de 0,5% em relação a julho, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (29) pelo Banco Central.

O desempenho foi impulsionado pelo avanço de 0,7% no crédito para pessoas físicas, que atingiu R$ 4,2 trilhões, e pelo leve crescimento de 0,2% no crédito destinado às empresas, que totalizou R$ 2,5 trilhões. Na comparação anual, porém, houve perda de fôlego: o saldo de crédito cresceu 10,1%, após ter avançado 10,8% em julho.

Entre os recursos livres, que somaram R$ 3,9 trilhões, a expansão foi de 0,3% no mês e de 8,8% em 12 meses. No segmento empresarial, o saldo ficou em R$ 1,6 trilhão, com queda de 0,1%, pressionado pela retração em capital de giro e outros créditos, parcialmente compensada pela alta nas operações de recebíveis. Já para famílias, o crédito livre avançou 0,6%, chegando a R$ 2,3 trilhões, com destaque para consignados no setor privado (+8,6%) e financiamentos de veículos (+0,9%).

O crédito direcionado — formado por linhas subsidiadas — totalizou R$ 2,9 trilhões, crescimento de 0,8% no mês e de 12,1% em um ano. Desse montante, R$ 983,5 bilhões foram para empresas e R$ 1,9 trilhão para pessoas físicas, ambos com elevação mensal de 0,8%.

As concessões de crédito em agosto chegaram a R$ 633,8 bilhões. A taxa média de juros recuou para 31,8% ao ano, sendo 21,7% para empresas e 36,4% para famílias. O spread bancário ficou em 20,7 pontos percentuais, aumento de 0,3 p.p. no mês e de 2,2 p.p. em 12 meses.

A inadimplência, medida pelo atraso acima de 90 dias, atingiu 3,9% da carteira total, ligeira alta de 0,1 ponto percentual no mês e de 0,7 ponto em relação a agosto do ano passado.