Reforma Tributária

Guedes participa de almoço com empresários integrantes do Grupo Esfera Brasil, em São Paulo

Por Marcelo - Última Atualização 11 de julho de 2021

Na véspera de anunciar a possibilidade de ajustes na proposta de reformulação do Imposto de Renda, em tramitação na Câmara dos Deputados, o ministro da Economia, Paulo Guedes, participou de um almoço fechado no endereço do empresário João Carlos Camargo, da gestora 89 Investimentos, em São Paulo.

Para o encontro articulado pelo criador do Esfera Brasil foram convidados vários empresários. Entre eles, o presidente do Iguatemi, Carlos Jereissati; o presidente da União Química, Fernando Marques; o presidente da CSN, Benjamin Steinbruch; o presidente da Febraban, Isaac Sidney; o presidente da CVPAR, Cláudio Vale; o fundador do Habib’s, Alberto Saraiva; o sócio-fundador do BTG André Esteves; o presidente da Ambev, Jean Jereissati; a presidente do Conselho de Administração da Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano; o diretor de Administração e Finanças do SEBRAE Nacional, Eduardo Diogo; o presidente do Conselho de Administração do BRADESCO, Luiz Carlos Trabuco; o presidente da FIESP e diretor presidente da COTEMINAS, Josué Gomes da Silva.

A proposta da Reforma Tributária não vai aumentar a carga tributária, disse nesta sexta-feira (9) o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele admitiu a possibilidade de ajustes, mas disse que o texto está “na direção correta” e reiterou a defesa da tributação de dividendos.

Paulo Guedes afirmou que reforma ou sai bem feita, ou não sai                        Foto: Divulgação

“[A reforma tributária] vai sair bem feita ou não vai sair. Não vai ter esse negócio de aumentar imposto”, declarou Guedes em videoconferência promovida pela Fundação Getúlio Vargas. O evento homenageou o economista e ex-presidente do Banco Central Carlos Langoni, que morreu vítima da Covid-19, em junho.

Durante o evento, o ministro voltou a defender a reintrodução do Imposto de Renda sobre dividendos. A proposta prevê alíquota de 20% sobre a distribuição desses recursos, com lucros de até R$ 20 mil mensais isentos. Sem entrar em detalhes, o ministro citou pressões contrárias para evitar a tributação dos mais ricos, possibilitada pela medida.

“A renda dos mais ricos, não interessa se vem de salário, de aluguel, de bônus bilionários ou se vem de dividendos. Ela deveria cair no progressivo e ponto final. Nós temos tecnologia para fazer tudo direito, mas você sabe que tudo é mais difícil no mundo real, tem lobby, tem pressão”, afirmou Paulo Guedes.

Segundo o ministro, o ideal seria que todos os tipos de renda, até os ganhos com dividendos, pagassem as mesmas alíquotas do Imposto de Renda Pessoa Física, que atualmente vão de 7,5% a 27,5%. O ministro, no entanto, disse que esse modelo poderá ser adotado no futuro, mas que não pode ser implementado neste momento. 

 

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