Foto Junior Pio / Assembleia Legislativa

A deputada estadual Dra. Silvana (PL) avaliou a atuação dos parlamentares que, assim como ela, integram a oposição ao governo Elmano de Freitas (PT) na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece). Entre os pontos abordados, ela destacou a participação dos deputados pedetistas, Antônio Henrique (PDT), Cláudio Pinho (PDT) e Queiroz Filho (PDT), no bloco dos opositores, e também garantiu que não os opositores não fazem o contraponto apenas por fazerem.

“Eu às vezes olho e fico sem acreditar. Mas como a gente conhece de perto, são pessoas muito íntegras e não são iniciantes na política, isso dá um peso muito bom a posição deles. Uma pessoa como o Antônio Henrique foi presidente de Casa. O Cláudio Pinho foi prefeito de São Gonçalo duas vezes. O Queiroz (Filho) foi chefe de gabinete do Roberto Cláudio e também não é um deputado de primeiro mandato, é um deputado muito ponderado. A linha dele é sempre muito ponderada. Então são vozes que tem muita credibilidade. Isso nos ajudou bastante”, disse em entrevista exclusiva ao IN Poder.

E enquanto oposição, Silvana descreveu o bloco como “qualificado”. A parlamentar revelou que, pela primeira vez, há um grupo em um aplicativo de mensagens com os integrantes, e falou sobre o perfil heterogêneo dos componentes. “Esse é um grupo heterogêneo. Não tem como ser homogêneo, né? Até porque ninguém é igual a ninguém. Uns vão mais (contra) para a prefeitura de Fortaleza, outros são mais contra tudo, prefeitura e governo. Outros são mais independentes”, afirmou.

“Então eu acho que que a oposição está indo bem. A oposição vota projetos do governo quando os projetos realmente são bons. Eles estão tendo que respeitar a gente. Então, a partir inclusive dessa, dessa votação do conselho. Estamos conseguindo acompanhar o ritmo do País.”

Liga da Justiça

E segundo a parlamentar, o grupo dos oito deputados foi denominado de Liga da Justiça por Pastor Alcides (PL) – deputado estadual e pai de André Fernandes (PL), deputado federal mais vem votado do Ceará. “Pastor (Alcides) dizia assim: rapaz, mas vamos criar um nome para nós. E qual o nome? – indagou ela – Liga da Justiça. Gostei. Então, a Liga da Justiça está bem legal. E como só tem eu de mulher, eu sou Mulher-Maravilha, pra mim tá bom demais”, brincou.

“Então, assim, como eu gosto desse negócio de liderança, liderar no momento que a oposição vai bem, eu me sinto bem contemplada. E eles me respeitam muito lá dentro. E eles não têm essa coisa de um obedecer ao outro, mas a gente se respeita muito”, concluiu.

Outro ponto ressaltado por Dra. Silvana é o fato de haver colaboração entre os parlamentares de oposição. Segundo ela, agora há preocupação coletiva com a participação de cada um, havendo até divisão de tempo de fala no plenário, algo apontado como “raro” em outras épocas.

“Hoje a política não é mais pra carreira solo. A população acompanha o trabalho da gente. Então qual é a melhor forma de fazer um gol? É o gol com a colaboração dos companheiros de time. É melhor você passar a bola e fazer o gol sendo ajudado. E a comemoração tem mais pessoas, né? Então, assim, a oposição está meio que isso aqui. A gente se cooperou muito para chegar à definição. Estou satisfeita”, avaliou.