O ministro Alexandre de Moraes foi eleito para ser o próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em substituição a Edson Fachin, e terá Ricardo Lewandowski como seu vice. O pleito foi realizado nesta terça-feira (14), em Brasília. Eles assumirão seus postos no próximo dia 16 de agosto e, portanto, estarão à frente da Justiça Eleitoral nas eleições de outubro.

Alexandre de Moraes comandará a corte eleitoral no pleito de outubro           Foto: Divulgação

Forte crítico do presidente Jair Bolsonaro, Moraes ressaltou que a democracia existe para garantir aos brasileiros o direito de eleger seus representantes. “A Justiça Eleitoral não tolerará que milícias pessoais e digitais atentem contra a democracia no Brasil. Nossos eleitores não merecem a proliferação de discursos de ódio, notícias fraudulentas e da criminosa tentativa de computação, por medo ou coação, de seus votos por verdadeiras milícias digitais”, disse.

Ele lembrou que o Brasil é uma das quatro maiores democracias do mundo e a única em que os resultados são anunciados poucas horas após o término do pleito. E desde o processo de redemocratização, ocorreram oito eleições, com quatro dos cinco presidentes eleitos por meio de urnas eletrônicas. “Isso mostra a viabilidade e sucesso do sistema de votação, com total segurança, transparência e respeito à soberania popular”, afirmou.

A partir de agora será criada uma equipe de transição, e o ministro Fachin afirmou ter ficado tranquilo com a escolha de Moraes para presidir o TSE. “Fico tranquilo ao saber que a partir de 16 de agosto a Justiça Eleitoral estará sob o comando do ministro Alexandre de Moraes. A Justiça Eleitoral renovou seu pacto indissolúvel com a democracia e a missão de realizar eleições seguras em todo o território eleitoral”, salientou Edson Fachin.