Eduardo Girão é um dos quatro representantes do seu bloco parlamentar Foto: Jefferson RudyA/gência Senado

O senador Eduardo Girão (Partido Novo–CE) foi designado como membro titular da recém-criada Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) destinada a apurar fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A nomeação foi oficializada pelo líder do bloco Vanguarda, senador Wellington Fagundes (PL-MT), ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

Além de Girão, o bloco Vanguarda contará com os senadores Jorge Seif (PL-SC) e Izalci Lucas (PL-DF) como titulares. Como suplentes foram indicados Magno Malta (PL-ES), Marcos Rogério (PL-RO) e Rogério Marinho (PL-RN). A CPMI integrará 30 parlamentares, sendo 15 deputados e 15 senadores, com mandato inicial de 180 dias, prorrogável conforme necessidade.

A comissão investigará fraudes e descontos indevidos ocorridos entre 2019 e 2024, abrangendo os governos de Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva. As irregularidades vieram à tona com a Operação “Sem Desconto”, deflagrada pela Polícia Federal em abril de 2025, apontando um rombo de R$ 6,3 bilhões no período analisado (2019‑2024), com estimativa de até R$ 8 bilhões se considerados anos anteriores.

Articulação política e papel de Girão
Para viabilizar a CPMI, foi necessário obter pelo menos um terço dos votos em ambas as casas legislativas. 226 deputados e 36 senadores assinaram o requerimento, incluindo quatro deputados cearenses e Girão como único senador do estado signatário.

Após a autorização por parte de Alcolumbre em junho, o governo passou a movimentar-se para garantir indicações pró-Planalto no colegiado. Entre as apostas, estão Omar Aziz (PSD-AM), ex-presidente da CPI da Covid, para presidir a CPMI, e um relator que ainda será negociado.