INVESTIMENTO NO PECÉM

Ceiba e Portocem destacam importância da termelétrica para desenvolver o Ceará

Por Marcelo - Em 05/05/2023 às 4:38 PM

Com um investimento previsto de aproximadamente R$ 5 bilhões, o grupo norte-americano Ceiba Energy realizou nesta sexta-feira (5) o lançamento da pedra fundamental da Usina Termelétrica Portocem, cujo pré-contrato foi assinado com o Complexo do Pecém (CIPP S/A) em dezembro do ano passado. Com capacidade de 1.572 megawatts (MW), o empreendimento vai ocupar uma área de 39,5 hectares do Setor 2 da Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE Ceará). A solenidade contou com a presença do governador Elmano de Freitas (veja matéria coordenada); do secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Efrain Pereira da Cruz, representando o ministro Alexandre Silveira; o presidente do CIPP S/A, Hugo Figueirêdo, além de diversas autoridades estaduais e municipais.

Emilio Vicens, Elmano De Freitas, Ronan Dias e Hugo Figueirêdo

A UTE Portocem terá quatro turbinas geradoras de ciclo simples – produzidas pela Mitsubishi Power e movidas a gás natural -, será conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN), atuando como reserva de potência, proporcionando mais segurança operacional ao SIN, quando o nível dos reservatórios das hidrelétricas estiver baixo, bem como houver redução na velocidade dos ventos ou da intensidade do sol, que interferem na produção de energias renováveis. Também participará da construção do empreendimento a Consag, empresa do Grupo Andrade Gutierrez, especialista em execuções de alta performance. Gerando cerca de 1.700 postos de trabalho na fase de implantação, cujo prazo estimado é de 39 meses, contribuirá para a geração de empregos no Ceará, especialmente nos municípios de Caucaia e São Gonçalo do Amarante, onde o Complexo do Pecém está situado.

De acordo com Emilio Vicens, CEO da Ceiba Energy, a empresa possui 1.900 MW em ativos, com 313 MW em operação na UTE de Manaus e os quase 1.600 MW em desenvolvimento pela Portocem. “Este será o segundo maior investimento privado para o Ceará, que chega para desenvolver o Estado, trazer pioneirismo e inovação. Terá o maior terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL), contribuindo para o desenvolvimento econômico do Ceará, que ficará numa posição diferenciada na matriz energética do Brasil”, destaca.

Grandioso

Já Ronan Dias, CEO da Portocem, salientou que a UTE Portocem foi a maior vencedora do leilão de capacidade de potência do leilão realizado em 2021, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). “Representamos quase 32% da disponibilidade de potência desse certame. Nosso projeto adiciona mais de 73% da capacidade atual do parque termelétrico do Ceará. E sozinha, se já estivesse em operação, a Portocem poderia ter gerado 89% do consumo médio do Estado nos últimos dez meses. Nosso projeto permitirá que o Brasil, em especial o Nordeste, continue crescendo com energias renováveis. Estamos aqui para auxiliar na transição energética justa”, afirma.

Autoridades fazem o lançamento simbólico da pedra fundamental da UTE

Lembrou que a UTE Portocem é um projeto transformacional, estruturante, que permitirá à região tornar-se um Hub de Gás Natural na América Latina, graças à presença do navio de regaseificação que ficará atracado no Porto do Pecém. “Ele servirá como âncora na atração de outros investimentos, pois tem capacidade de 21 milhões de metros cúbicos por dia e, sozinha, nossa termelétrica deverá consumir 9,5 milhões de m³/dia. Seremos o maior consumidor pontual de GNL do Brasil. Com a facilidade de acesso, todos os grandes equipamentos do nosso complexo serão entregues via Porto do Pecém, reafirmando a importância, grandiosidade e competência da gestão do Governo do Ceará, em parceria com o Porto de Roterdã”.

Para o representante do MME, a UTE Portocem é um empreendimento que mudará a realidade do Brasil, pois as usinas de reserva de capacidade permitirão que as fontes renováveis de energia sigam avançando cada vez mais e coloquem o Brasil como grande protagonista da transição energética mundial. “As energias renováveis que tanto temos no Nordeste precisam ser monetizadas, transformadas em algo que seja utilizado pelo mundo e o caminho do Hidrogênio Verde é o que o ministério tem acreditado muito. E, hoje, temos um grande projeto para garantir o desenvolvimento do nosso País, pois dá equilíbrio e confiabilidade energética para o Brasil”, explica Efrain Pereira.

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