Ibrahim Sued, em foto publicada no perfil de Ricardo Boechat no Facebook em 2015 – Reprodução Facebook

Ao ler artigo do jornalista Elio Gaspari, na Folha de São Paulo deste domingo, 5, sobre a lição de vida e de ciência econômica deixada pelo jornalista Ibrahim Sued quando do lançamento de seu livro “20 anos de Caviar”, em 1972, na Pérgola do Copacabana Palace,  refleti sobre a atual situação do Brasil e como será o mundo pós-pandemia.

Neste momento desafiador, o dinheiro precisa circular! É hora dos grandes empresários, associações de classe, empresas e classes mais privilegiadas tomarem medidas enérgicas para manter a economia girando. É hora de filantropia e de solidariedade, seja através de doações, campanhas beneficentes e fabricação de insumos como máscaras, aventais, respiradores mecânicos e álcool gel, mas também é importante evitar demissões e não suspender pagamentos durante a pandemia do Covid-19.

As medidas dos governos federal, estadual e municipal, associadas a essas ações serão fundamentais para retomarmos o crescimento no menor espaço de tempo.

Segue o artigo na íntegra.
Barão do colunismo social deu lição de vida e de ciência econômica
Jornalista Ibrahim Sued lançou seu livro em 1972 na pérgola do Copacabana Palace

Em novembro de 1972, o jornalista Ibrahim Sued lançou seu livro “20 anos de caviar”na pérgula do Copacabana Palace. Barão do colunismo social, reuniu todo o Rio de Janeiro e autografou 1.012 exemplares. As pessoa pagavam o livro e o dinheiro era colocado em caixas de charutos.

Quando a festa terminou, Ibrahim entrou no seu carro com as caixas debaixo do braço. A noite havia sido uma consagração daquele turco enorme, criado na pobreza do velho centro da cidade. Ibrahim saiu do Copa em direção a Ipanema. Em todo o percurso, metia a mão na caixa de charutos e dava um punhado de notas a guardadores de carro ou às pessoas que perambulavam pela avenida Atlântica.

Um amigo que estava no carro disse-lhe: Ibrahim, desse jeito você vai detonar a renda da noite. O “Turco”respondeu: É isso mesmo, o dinheiro tem que circular. Se não circulasse, não chegava a mim.

Quem puder pode repetir a lição de vida e de ciência econômica de Ibrahim.