APONTA PMI

Atividade de serviços no Brasil recua em janeiro pela primeira vez em quase um ano e meio

Por Redação - Em 05/02/2025 às 10:36 AM

Setor De Serviços, Bares E Restaurantes Foto Freepik

Apesar da queda na atividade, a pesquisa também mostrou alguns pontos positivos, como um leve aumento no emprego e uma melhora na confiança dos empresários FOTO: Freepik

A atividade de serviços no Brasil registrou uma forte retração no início de 2024, com a primeira queda no índice desde setembro de 2023, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI), divulgada nesta quarta-feira (5) pela S&P Global. O PMI de serviços caiu para 47,6 em janeiro, comparado a 51,6 em dezembro, indo abaixo da marca de 50 que indica a separação entre crescimento e contração. Esse é o nível mais baixo desde abril de 2021.

O desempenho negativo foi impulsionado pela piora na demanda e pela intensificação das pressões inflacionárias, que afetaram o setor de serviços. A entrada de novos negócios caiu, o que levou as empresas a reduzir a produção no ritmo mais forte desde abril de 2021. A pesquisa apontou que a contração nas vendas foi moderada, mas ainda assim a mais intensa em quase quatro anos.

Além disso, os custos de insumos e os preços de produção aumentaram, com a taxa de crescimento sendo a mais alta em dois anos e meio. Fatores como a força do dólar, os preços internacionais mais elevados e a inflação doméstica contribuíram para essa pressão nos custos.

Apesar da queda na atividade, a pesquisa também mostrou alguns pontos positivos, como um leve aumento no emprego e uma melhora na confiança dos empresários em relação às perspectivas econômicas. As expectativas otimistas para o futuro incluem uma demanda mais forte e condições econômicas mais favoráveis. Alguns participantes da pesquisa destacaram que a diversificação e novos processos de prospecção poderiam ajudar na recuperação do setor.

No entanto, o PMI Composto, que engloba tanto a indústria quanto os serviços, também entrou em território de contração, caindo de 51,5 em dezembro para 48,2 em janeiro, o nível mais baixo desde abril de 2021. Esse movimento reflete a fragilidade no setor de serviços e o impacto da desaceleração nas perspectivas econômicas do país.

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