A extração de cobre, lítio, níquel e grafite são essenciais para produção de equipamentos de energia solar e eólica Foto: Divulgação

O avanço das energias renováveis está redefinindo o mercado global de minerais críticos, impulsionando oportunidades para países produtores como Brasil, Chile e Peru. Um estudo da EY-Parthenon, intitulado “2025 Geostrategic Outlook” (Perspectivas geoestratégicas para 2025 na tradução direta), divulgado pela Agência EY, destaca o papel estratégico desses minerais, incluindo cobre, lítio, níquel e grafite, indispensáveis à produção de equipamentos de energia solar e eólica.

Segundo a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), enquanto as fontes de energia não renováveis avançaram apenas 1,2% nos últimos cinco anos, as renováveis cresceram 6,2% no mesmo período. A previsão é que a demanda por lítio cresça 910% até 2050, enquanto o consumo de cobre deve dobrar até 2035.

Essas estimativas encontram-se detalhadas no estudo “If every energy transition is different, which course will accelerate yours?” (Se cada transição energética é diferente, qual curso irá acelerar a sua?), também desenvolvido pela EY.

No Brasil, a energia solar, em franco crescimento, já ocupa a segunda posição na matriz elétrica nacional desde 2023 e deve aumentar sua capacidade instalada em 25% ainda neste ano.

Uso da Inteligência Artificial

Além disso, a inteligência artificial tem transformado a indústria de mineração, acelerando processos de extração e otimização sem comprometer a sustentabilidade. Empresas do setor enfrentam o desafio de equilibrar a crescente demanda com soluções tecnológicas que minimizem o impacto ambiental e os custos operacionais.

A transição energética global, que prevê que 62% da matriz elétrica mundial seja composta por fontes verdes até 2050, posiciona o Brasil como uma peça-chave nesse cenário. Com políticas de incentivo e uma demanda cada vez maior por minerais críticos, o país tem a oportunidade de solidificar sua relevância no mercado internacional.