ENERGIA 4.0 ESTÁ CHEGANDO

Ceará terá primeira joint venture do NE com foco na autoprodução de energia

Por Marcelo - Em 23/02/2022 às 10:42 AM

Um dos três maiores custos em qualquer empresa que ainda faça parte do mercado cativo de energia, atualmente, é a conta de luz. Em 2021, o Brasil vivenciou a pior crise hídrica dos últimos 90 anos e, com uma matriz energética concentrada em fontes hídricas, os brasileiros viram o custo da energia subir consideravelmente, experimentando a bandeira amarela, vermelha I, vermelha II e a da escassez hídrica, até então, nunca adotada. O resultado foi um acréscimo de quase R$ 15,00 a cada 100 quilowatts (KW) consumidos, além do temor de um possível racionamento, ou mesmo, apagão.

É nesse contexto que nasce a Energia 4.0, primeira joint venture do Nordeste em APE (Autoprodução de Energia), que adotará um modelo híbrido de autoprodução de energia, mercado livre, eficiência energética e gestão de custos. Cientes de uma demanda do mercado, as empresas Soma Energia, especializada em gestão de eficiência energética e mercado livre, e H3 Solar, com expertise em energia solar, unirão forças para oferecer estratégias com foco na rentabilidade através da energia ao mercado.

Hanter Pessoa, Paulo Siqueira e Daniel Queiroz, da Energia 4.0                       Foto: Divulgação

O modelo consegue integrar o melhor da regulamentação do mercado livre e o melhor da geração própria através da aquisição de uma usina solar, gerando assim, mais previsibilidade de custos. Voltado, principalmente, para negócios que tenham contas de energia acima de R$ 60 mil, consegue reduzir os custos, por exemplo, de empresas que gostariam de investir em fontes de energias renováveis, mas que desistiram por conta dos altos valores dos orçamentos e paybacks longos, uma vez que, geralmente, são grandes negócios que demandam um alto investimento somente com a geração distribuída.

De acordo com o head de ACL e Gestão de Eficiência Energética da Energia 4.0, Paulo Siqueira, “a junção de outros mecanismos, como a gestão da eficiência energética e a participação no mercado livre, à autogeração de energia, por meio de um modelo híbrido totalmente personalizado, permite que esse cliente gaste bem menos com a implantação e tenha um payback muito mais vantajoso”, explica.

O head de Novos Negócios da joint venture, Daniel Queiroz, complementa exemplificando que, recentemente, teve acesso a um projeto de uma grande rede de supermercados que adotaria apenas a geração distribuída e teve um orçamento de cerca de R$ 10 milhões para isso e um payback superior a oito anos. “Com a APE, essa rede saiu de um orçamento milionário para um investimento dez vezes menor, possibilitando uma economia mensal para o cliente superior a 41%, apenas com a adoção da autoprodução com a energia solar referente a 10% da sua demanda”, ressalta.

Vantagens

O head de Energia Solar da Energia 4.0, Hanter Pessoa, lista algumas das principais vantagens desse modelo. “Podemos destacar, em termos financeiros, baixo investimento; rápido payback; maximização da economia; diversificação de risco, e gerenciamento de indicadores. No campo sustentável, a garantia da utilização de fontes renováveis. Sem contar que o cliente passará a ter várias ações que de maneira estratégica ajudarão na transformação de despesa de energia em um acelerador de rentabilidade”, completa.

Outro diferencial é a digitalização, que permitirá que o cliente acompanhe o desempenho da sua geração por meio de um aplicativo ou plataforma virtual. Daniel Queiroz, calcula um público potencial de dez mil clientes no Nordeste em situação favorável para aderir ao modelo de APE proposto pela Energia 4.0, sendo 1.500 deles apenas no Ceará. A princípio, a empresa focará as atividades no Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí.

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