estudo projeta que o mercado de inteligência incorporada — que une IA com capacidades físicas — atinja 5,3 bilhões de yuans em 2025

A China está prestes a dominar mais da metade da produção mundial de robôs humanoides ainda em 2025, segundo relatório divulgado pela Leaderobot em parceria com outras nove instituições. A estimativa é que o país produza mais de 10 mil unidades neste ano, movimentando cerca de 8,24 bilhões de yuans (US$ 1,14 bilhão).

Com a redução de custos e o amadurecimento tecnológico, o setor avança rapidamente da fase de testes para a produção em escala comercial, em um movimento semelhante ao observado no mercado de veículos elétricos. Um exemplo recente é o da UBTech Robotics, que começará a implantar 20 robôs humanoides industriais em uma montadora chinesa ainda neste semestre.

Especialistas atribuem o avanço à combinação de estratégia nacional e demanda de mercado. Segundo Wang Tianmiao, da Universidade de Beihang, os robôs são vistos como ferramentas para aumentar a eficiência nas empresas e atender às necessidades humanas, além de colocarem a China na disputa global por tecnologias emergentes como a inteligência artificial.

O estudo projeta que o mercado de inteligência incorporada — que une IA com capacidades físicas — atinja 5,3 bilhões de yuans em 2025 e cresça para 103,8 bilhões até 2030, com a China respondendo por cerca de 45% desse total.

Para apoiar esse crescimento, o governo lançou em fevereiro o Plano de Ação de Inovação em Inteligência Incorporada (2025–2027), que prevê a criação de mais de 100 tecnologias-chave e ao menos dez produtos líderes até o fim de 2027.

O relatório alerta, no entanto, que é essencial criar padrões regulatórios e evitar bolhas especulativas para garantir a sustentabilidade do setor.