GUERRA COMERCIAL
China impõe tarifas de 125% sobre produtos dos EUA em resposta a Trump
Por Redação - Em 11/04/2025 às 9:27 AM

retaliação chinesa ocorre em um cenário de crescente instabilidade, após a Casa Branca manter sua linha dura contra a China
A guerra comercial entre Estados Unidos e China ganhou novos capítulos nesta sexta-feira (11), com Pequim anunciando um aumento nas tarifas sobre produtos norte-americanos, agora fixadas em até 125%. A medida vem em resposta direta à decisão do presidente Donald Trump de elevar os impostos sobre importações chinesas para 145%, acirrando ainda mais a disputa econômica entre as duas maiores potências do planeta.
A retaliação chinesa ocorre em um cenário de crescente instabilidade, após a Casa Branca manter sua linha dura contra a China, mesmo aliviando tarifas sobre outros países. A escalada tarifária abalou os mercados globais, que já vinham reagindo negativamente às medidas unilaterais dos Estados Unidos. O dólar e as bolsas internacionais recuaram, enquanto o ouro atingiu máximas históricas, refletindo a busca por segurança dos investidores diante de temores renovados de uma recessão global.
Apesar das turbulências, o governo norte-americano tenta mostrar otimismo. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, garantiu que dezenas de países estão dispostos a iniciar novas negociações comerciais com os EUA, e Trump afirmou que ainda espera um acordo com a China. No entanto, a instabilidade nos mercados e a incerteza quanto ao futuro das cadeias de suprimentos globais continuam a preocupar líderes mundiais.
A União Europeia já calcula os impactos da disputa: as tarifas americanas podem reduzir em até 1% o PIB do bloco, ameaçando o crescimento econômico do continente. Em resposta, o presidente chinês Xi Jinping pediu uma frente unida entre China e Europa contra o que chamou de “intimidação unilateral” dos Estados Unidos, em declaração feita durante encontro com o premiê espanhol Pedro Sánchez.
Com sinais de recessão se acumulando e líderes globais pressionados a reagir, a guerra comercial pode estar apenas começando. A movimentação de países como o Vietnã, que quer evitar ser usado como rota alternativa para produtos chineses, e o Japão, que planeja negociações em Washington, mostra que os efeitos dessa disputa vão muito além das fronteiras de Pequim e Washington — e o mundo todo sente os reflexos. (Agência Brasil)
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