ALIVIAR EFEITOS DA PANDEMIA

Governo reduz em 10% a tarifa de importação de 87% de bens e serviços

Por Marcelo - Em 05/11/2021 às 5:55 PM

O Governo Federal anunciou nesta sexta-feira (5), a redução em 10% das tarifas de importação de aproximadamente 87% dos bens e serviços importados. A decisão do Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) tem validade até o dia 31 de dezembro de 2022.

Em nota conjunta divulgada pelos ministérios da Economia e das Relações Exteriores, o Governo diz que a medida “justifica-se pela situação de urgência trazida pela pandemia de Covid-19 e pela necessidade de poder contar, de forma imediata, com instrumento que possa contribuir para aliviar seus efeitos negativos sobre a vida e a saúde da população brasileira”.

Tarifas de importação serão reduzidas até o fim de dezembro de 2022             Foto: Divulgação

O ministro Paulo Guedes afirmou que essa redução nas tarifas de importação vai ajudar a moderar a inflação no País. Ele comentou o corte nas alíquotas durante sua participação na terceira edição da Conferência de Comércio Internacional e Serviços do Mercosul, promovida pelo Conselho de Câmaras de Comércio do bloco econômico.

“A nossa Tarifa Externa Comum ainda é muito elevada e isso num momento como o atual, em que nós temos uma pressão inflacionária forte na economia brasileira e gostaríamos de dar um choque de oferta, facilitar a entrada de importações para dar uma moderação nos reajustes de preços, é o momento ideal para fazer uma abertura, ainda que tímida, da economia”, afirmou Guedes.

Já o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, defendeu hoje que a TEC preserve a competitividade das empresas nacionais, mas que resulte ao mesmo tempo numa redução dos preços internos no bloco. O chanceler brasileiro falou sobre o tema em declaração conjunta à imprensa após receber seu homólogo paraguaio, Euclides Acevedo, no Palácio do Itamaraty, em Brasília.

Ele afirmou que os dois países alcançaram uma “coincidência” no debate sobre uma nova tarifa. “Coincidência entre Brasil e Paraguai na concepção de um Mercosul moderno, na necessidade de um consenso para que possamos trabalhar numa tarifa externa comum que traga competitividade e também uma modicidade de preços aos nossos consumidores”, asseverou França.

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