PATAMAR DE 72,1 PONTOS

Intenção de consumo das famílias atinge o maior nível desde maio, afirma CNC

Por Marcelo - Em 21/12/2020 às 12:34 PM

O indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, chegou ao patamar de 72,1 pontos este mês, o maior resultado desde maio último (81,7). Segundo a CNC, mesmo com essa recuperação, este foi o pior mês de dezembro da série histórica.

O índice permaneceu abaixo do nível de satisfação (100), o que vem ocorrendo desde abril de 2015 (102,9). A série com ajuste sazonal apresentou crescimento mensal de 1,2%, a quarta expansão consecutiva e mais intensa do que o observado no mês anterior (+0,8%). Entretanto, em relação a dezembro de 2019, houve retração de 25,1%, a nona redução nesta base comparativa.

José Tadros diz que confiança melhora de forma lenta  gradual                      Foto: Divulgação

“A confiança vem melhorando, mas de forma lenta, gradual, como não poderia deixar de ser diante do dramático quadro econômico provocado pela pandemia. Nossa expectativa é de que, com a vacinação já planejada pelo governo, esse processo de retomada da confiança tenha continuidade, provavelmente se acelerando nos próximos meses”, disse, em nota, o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

Segundo a economista da entidade, Catarina Carneiro, os resultados do ICF mostram que as famílias reforçaram sua confiança na recuperação econômica. “Essa melhora nos indicadores de curto prazo já está influenciando as expectativas de longo prazo, tanto que a perspectiva profissional para o próximo semestre apresentou o maior crescimento no mês”, analisou.

Na avaliação por faixa de renda, as famílias com renda acima de dez salários mínimos revelaram nível de insatisfação de 82,6 pontos, com aumento mensal de 1,4% e queda anual de 26,2%. Para as famílias com renda abaixo de dez mínimos, o indicador atingiu 70,1, também representando insatisfação, já que o índice permaneceu abaixo dos 100 pontos. No entanto, no mês houve avanço de 1,2% na confiança nessa faixa de renda, enquanto na comparação anual aconteceu redução de 24,8%.

A questão referente ao emprego atual mostrou que 32,8% dos entrevistados se sentem tão seguros com seu emprego quanto no ano passado, uma proporção menor do que no mês anterior (33%) e maior do que em dezembro de 2019 (25,9%). Neste mês, houve a maior proporção desde junho, quando atingiu 21,1% das famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego. Apesar desse avanço no mês, o patamar atingido foi de 88,1 pontos, revelando continuidade da insatisfação das famílias neste item.

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