APONTA CNC

Intenção de Consumo das Famílias cresce 0,3% em outubro

Por Redação - Em 24/10/2023 às 2:11 PM

Entre as sete variáveis que compõem o indicador, destaque para o Momento para a aquisição de bens duráveis, que avançou 2,4% no mês

Os brasileiros mostraram mais disposição para gastar neste mês. O indicador de Intenção de Consumo das Famílias, calculado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu 104,2 pontos em outubro, alta de 0,3% em comparação com setembro, já descontados os efeitos sazonais.

“Embora o indicador mantenha-se no nível de satisfação (acima dos 100 pontos), a intenção de compra aponta desaceleração: o crescimento mensal vem perdendo fôlego desde abril. Na comparação anual, a intenção de consumo segue crescendo, mas a taxa é a menor desde outubro do ano passado”, pondera a CNC.

De acordo com a entidade, os efeitos positivos da menor inflação sobre a renda e o nível de consumo se dissiparam a partir de agosto, moderando a avaliação dos consumidores sobre esses itens na segunda metade do ano. Além disso, há três meses a perspectiva profissional apresenta queda, indicando que o consumidor passou a olhar para os próximos meses com ceticismo sobre o emprego.

Componentes

Entre as sete variáveis que compõem o indicador, destaque para o Momento para a aquisição de bens duráveis, que avançou 2,4% no mês. Em seguida, aparecem Perspectiva de consumo (0,5%), Nível de consumo atual (0,4%), Acesso ao crédito (0,2%), Renda atual (0,2%) e Emprego atual (0,1%). O único resultado negativo ocorreu em Perspectiva profissional, que recuou 0,7%.

“O movimento de queda dos juros e as campanhas de renegociação de dívidas aos poucos voltam a viabilizar o maior acesso ao crédito, embora as instituições financeiras estejam seletivas pela inadimplência ainda elevada. Do total de consumidores, 29,8% consideram que está mais fácil comprar via crédito em outubro, maior proporção desde maio de 2020. Por outro lado, o endividamento e a inadimplência ainda elevados limitam a capacidade de consumo das famílias e os efeitos benéficos da maior renda disponível com a desaceleração inflacionária”, diz a CNC.

Sobre a queda na variável Emprego atual, a CNC comenta que “a desaceleração do ritmo das contratações formais já leva os consumidores a olhar com cautela o mercado de trabalho nos próximos meses, em que a perspectiva profissional caiu 0,7%. Ou seja, os consumidores começaram a olhar com alguma desconfiança o emprego no futuro”.

 

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