Um levantamento realizado pelo Observatório da Indústria da FIEC, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que quase metade dos empresários cearenses perceberam efeitos negativos da guerra na Ucrânia em suas empresas. Os dados foram compilados com base em informações condensadas durante o mês de maio deste ano.

Porto do Pecém recebe a maior parte dos navios que trazem insumos              Foto: Divulgação

De acordo com a ‘Sondagem Especial: Impactos da guerra na Ucrânia no setor industrial cearense’, 44,9% dos empresários que atuam no Estado indicaram ter percebido efeitos negativos nos seus empreendimentos após o início do conflito. Cerca de 29,6% disseram não ter percebido mudanças, enquanto 25,5% não souberam ou preferiram não responder.

A análise também indica que, dentre os empresários do Ceará que afirmaram terem sentido mudanças negativas, os motivos mais destacados foram: aumento de preços de insumos e/ou de matérias-primas (79,4%); aumento no custo de energia (66,8%), e dificuldade logística (31,1%). Esse último item se deve, ainda, ao fato de os fretes marítimos terem subido muito nos últimos dois anos.

Ao todo, para realizar a pesquisa sobre esses impactos foram entrevistados 91 empresários industriais cearenses, sendo 71 da indústria geral e 20 na construção civil. O período de coleta foi realizado entre os dias 1º e 12 de abril deste ano. O estudo completo sobre o tema está disponível na sessão ‘Sondagens Especiais’, do site do Observatório da Indústria (https://www.observatorio.ind.br/inteligencia-competitiva?conteudo=c3&sub=sc11)