A M. Dias Branco, companhia aberta com ações negociadas da B3 (MDIA3), anuncia os resultados do terceiro trimestre deste ano. A receita líquida acumulada dos nove meses do ano (9M23) chegou a R$ 8,1 bilhões, com crescimento de 10% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já o lucro líquido no trimestre alcançou R$ 259 milhões, com expansão de 33% na comparação com o 3T22 e de 19% em relação ao trimestre anterior (2T23).

Em função do excelente resultado obtido neste período, a M. Dias Branco aprovou em reunião do seu  Conselho de Administração, realizada nesta sexta-feira (10), a nova Política de Remuneração aos Acionistas. A empresa, que distribuía 60% do lucro líquido ajustado, passará a distribuir 80% do lucro líquido ajustado entre os detentores de suas ações.

Conselho de Administração da companhia aprovou distribuição de 80% do lucro líquido aos acionistas

De acordo com Fábio Cefaly, diretor de Relações com Investidores e Novos Negócios da M. Dias Branco, no acumulado de 2023 a empresa, que é líder nacional em massas e biscoitos, alcançou elevação nos volumes vendidos (+2%) e, também, no preço médio (+7%). A companhia teve também elevação de margem bruta, que atingiu 35,6% no 3T23 (28% no 3T22 e 33% no 2T23). Os bons resultados ocorreram mesmo com a retração da receita frente ao 2T23 (-4%) e ao 3T22 (-8%).

De acordo com Gustavo Lopes Theodozio, vice-presidente de Controladoria, Investimentos e Relações com Investidores da M. Dias Branco, não houve redução de demanda por parte dos consumidores. “O que ocorreu no trimestre é que o varejo operou com níveis menores de estoque, impactando negativamente nas vendas da indústria”, explica. No segmento de biscoitos, o estoque médio passou de 45 dias para 34 dias, na comparação entre o 2T23 e o 3T23. Já no de massas, na comparação entre os dois trimestres, o estoque médio caiu de 51 dias para 39 dias.

A redução na receita não se refletiu na geração de caixa da companhia, que foi recorde em termos nominais. O Ebitda alcançou R$ 440,7 milhões no 3T23, com crescimento de 32,3% na comparação com o 3T22 e 17% acima do 2T23. “O Ebitda sem precedentes na história da companhia é fruto do aumento do preço médio dos produtos ao longo dos trimestres, principalmente em biscoitos, da queda dos custos e do rigoroso controle de despesas”, destaca o executivo.

Em função deste resultado, as disponibilidades líquidas geradas pelas atividades operacionais alcançaram R$ 973,3 milhões, 90,2% acima do 2T23. “É reflexo do crescimento do Ebitda, mas também da liberação de capital de giro pela gestão dos estoques, pela queda dos preços dos insumos e pelo alongamento no prazo médio de fornecedores”, explica Gustavo Theodozio.