O Flash Imobiliário desta sexta-feira (22) revelou que o mercado imobiliário de Fortaleza e sua Região Metropolitana ultrapassou a cifra de R$ 1 bilhão em valor geral de vendas (VGV), com um total de 1.937 imóveis de todos os segmentos comercializados, o melhor desempenho dos últimos dez anos para o primeiro bimestre. Esses números incluem o econômico, do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). Este último, aliás, registrou o melhor desempenho.

Ricardo Bezerra acredita que o mercado deve vender R$ 5 bilhões este ano

A performance referente a fevereiro mostra que o segmento residencial vertical registrou a comercialização de 116 unidades e um VGV de R$ 87 milhões, menores que o resultado de janeiro. O maior VSO ficou em 5,6% com imóveis de metragem entre 150 e 169 m². No acumulado dos dois primeiro meses do ano este segmento movimentou R$ 612 milhões, sendo R$ 525 milhões em janeiro, que teve um desempenho recorde.

Segundo o empresário Ricardo Bezerra, diretor da Lopes Immobilis, o mercado da Região Metropolitana de Fortaleza segue acelerado. “Vale destacar que a taxa básica de juros, a Selic, segue em queda, com mais 0,5% cortado esta semana. Em poucos meses deve chegar ao nível de um dígito, que é de grande relevância para o nosso setor imobiliário“, afirma.

Sua opinião é corroborada pelo presidente do Sinduscon-CE, Patriolino Dias de Sousa, e segundo ele, 2024 iniciou como o melhor dos últimos oito anos. “Essa semana a taxa Selic caiu mais meio ponto percentual e há uma sinalização para chegar ao fim de dezembro em 9% anuais. Aliado a isso, temos o novo MCMV, com juros de TR mais 4% ao ano e o preço dos materiais vem se mantendo. Então, temo toda uma conjuntura com bons preços dos imóveis, juros baixos, macroeconomia estabilizada e as pessoas ficam com apetite de realizar o sonho da casa própria”, comemora.

Mais números

Ainda de acordo com o levantamento de mercado da Lopes, o Meireles ultrapassou a casa dos R$ 15 mil o metro quadrado construído (R$ 15.105,00), seguido pela Aldeota (R$ 13,362,00) e Cocó (R$ 12.120,00). Revelou, também, que o segmento de salas comerciais vendeu 18 unidades (+50%) com um VGV de R$ 7,9 milhões (+55%). Já entre os imóveis de segunda moradia foram comercializadas 41 unidades e VGV de R$ 27 milhões. E o residencial horizontal vendeu 14 casas (+17%) e VGV de R$ 8,5 milhões (+6%). O VSO deste último segmento atingiu o excelente desempenho de 9,2%.

MCMV está se mostrando uma boa opção para as construtoras cearenses

Já o segmento econômico registrou, em fevereiro, a venda de 557 unidades e atingiu um VGV de R$ 121 milhões, ou seja, 40% acima do que chegou o residencial vertical de médio e alto padrão. Passaré, Maracanaú e Praia do Futuro são os bairros com mais lançamentos e em ampla expansão. Além disso, o VSO atingiu o patamar de 9,8%.

“Foi o melhor primeiro bimestre dos últimos cinco anos do mercado imobiliário cearense. Tenho certeza que não conseguiremos vender R$ 6 bilhões, mas com certeza deveremos atingir a marca dos R$ 5 bilhões. Isso representa praticamente todo o estoque de imóveis da Região Metropolitana de Fortaleza”, completa Ricardo Bezerra. Ele informou, ainda, que entre os dias 26 deste mês e 5 de maio acontecerá o Beach Fest Imobiliário no Shopping Iguatemi Bosque.

Aluguéis

Ainda durante o Flash Imobiliário foi apresentado o levantamento da SJ Imóveis, mostrando que o aluguel de salas comerciais na capital cearense tem apresentado algumas das melhores rentabilidades, superiores até a casa de 1%. E que de fevereiro do ano passado houve uma alta superior a 30% na busca por salas comerciais e uma valorização acima de 20%.

Já no aluguel residencial houve um desempenho semelhante, também com rentabilidade acima de 1%. O estudo revelou, ainda, uma mudança no perfil dos locatários, pois atualmente 91,9% das pessoas já estão buscando unidades com um ou dois dormitórios, e 54,5% com apenas uma vaga de garagem. Além disso, 55% procuram apartamentos perto de avenidas, corredores comerciais e 30% perto de parques, praças e áreas verdes. E que 83% buscam proximidade com supermercados e padarias, e 38% com farmácias.