
Pagamentos digitais
Movimentação com Pix no varejo deve alcançar US$ 86 bilhões em 2030, mais que o dobro do valor de 2024
Por Anchieta Dantas Jr. - Em 17/04/2025 às 10:47 AM

Criado há pouco mais de quatro anos, o Pix não apenas transformou a forma como os consumidores pagam, como alterou a composição dos meios de pagamento no comércio Foto: Reprodução
O Pix se consolida cada vez mais como o principal instrumento de pagamento no varejo brasileiro. De acordo com o Global Payments Report 2025 (Relatório de Pagamentos Globais 2025 na tradução direta), elaborado pela Worldpay, as transações via modelo conta a conta (A2A, na sigla em inglês) devem atingir US$ 86 bilhões (quase R$ 504 bilhões) no Brasil até 2030 — mais que o dobro do volume registrado em 2024, estimado em US$ 35 bilhões. (R$ 205 bilhões).
Criado há pouco mais de quatro anos, o sistema de transferências instantâneas não apenas transformou a forma como os consumidores pagam, como alterou a composição dos meios de pagamento no comércio eletrônico e no varejo físico. Segundo o levantamento, em 2024 o Pix respondeu por 41% do valor transacionado no e-commerce e por 32% nos pontos de venda presenciais.
As projeções da Worldpay indicam que o modelo A2A deve manter uma trajetória robusta de expansão, com crescimento anual médio de 16% nas compras online e de 11% nos pontos de venda físicos até o fim da década. Em 2030, estima-se que esse tipo de pagamento represente 58% das transações no comércio eletrônico e 46% no varejo físico brasileiro.
Cartões ainda seguem relevantes
Apesar do avanço do Pix, os cartões de crédito seguem exercendo papel relevante no ecossistema de pagamentos. Em 2024, os cartões responderam por 38% do volume total transacionado no país — sendo 26% via crédito, 10% via débito e 2% por meio de cartões pré-pagos. Além disso, continuam sendo a principal fonte de recursos das carteiras digitais, segundo 69% dos entrevistados (com destaque para os cartões de crédito, que representam 55%).
O contraste com o cenário global é significativo. No mundo, os pagamentos A2A devem alcançar apenas 9% do volume total do e-commerce e 6% do varejo físico em 2030. As carteiras digitais, por outro lado, tendem a dominar a preferência dos consumidores internacionais, com participação projetada de 65% nas transações online e 45% nos pontos de venda presenciais.
Mais notícias


diversão radical
