A nova linha, chamada Serviço Santana, é operada pela MSC em parceria com a APM Terminals Fotos: Divulgação

O Porto do Pecém inaugurou uma nova rota marítima que permite a chegada de navios da China em cerca de 30 dias. Essa iniciativa promete agilizar e tornar mais competitivas as operações de importação e exportação para produtores e empresários cearenses.

A nova linha, chamada Serviço Santana, é operada pela MSC em parceria com a APM Terminals. O trajeto inclui paradas na Coreia do Sul, Panamá, República Dominicana, Pecém, Suape, Salvador, Santos, Índia e Singapura, antes de retornar à China.

Nova rota Porto Do Pecém-China

Segundo Max Quintino, presidente do Complexo do Pecém, a nova rota reduz o tempo de transporte de mercadorias pela metade (de 60 para 30 dias), aumentando a competitividade do Ceará no comércio exterior. “O Porto abre as portas do Ceará para o mundo. Nosso papel é aprimorar a logística e permitir que nossos comerciantes tenham mais possibilidades de enviar seus produtos para novos mercados e também ter acesso a insumos e maquinário, tornando o Ceará ainda mais competitivo no cenário do comércio exterior”, destaca.

Diante desse novo cenário, a expectativa é de que a movimentação no porto cresça 10%, com a chegada de pelo menos 1.200 contêineres por semana. Para o diretor comercial do Complexo do Pecém, André Magalhães, existe todo um mercado a ser explorado, não só para a China, como para os demais portos ao longo do percurso. “O mercado asiático é realmente vasto, com uma população de cerca de dois bilhões de pessoas. Isso representa uma oportunidade incrível para conectarmos nossos produtos nordestinos com a Ásia e vice-versa”, avalia.

Principais produtos

De acordo com ele, produtos como granito, mármore, castanha de caju, cera de carnaúba, frutas, calçados e têxteis poderão ser exportados com mais eficiência.

Já Daniel Rose, diretor-presidente da APM Terminals Suape e Pecém, acrescenta que a nova rota também oferece uma alternativa competitiva para a exportação de produtos como algodão e carne, reduzindo custos e otimizando o tempo de transporte em relação aos portos do Sudeste e Sul do Brasil.