O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará, Ricardo Cavalcante, afirmou que para se manter um desenvolvimento regional de modo a atender às demandas do setor produtivo e da sociedade, se faz necessária uma série de políticas com foco nesse ponto tão importante.

Nesse sentido, afirmou em artigo publicado pelo Diário do Nordeste, ser absolutamente fundamental a manutenção dos incentivos fiscais para o setor produtivo em estados das regiões Norte e Nordeste. Mas destacou que o Governo Federal não está em consonância com este pensamento.

Ricardo Cavalcante quer direcionar recursos para ganhos de produtividade       Foto: Portal IN

Afinal, ao sugerir o Plano de Redução Gradual de Incentivos e Benefícios, propondo o encerramento do benefício que reduz parcialmente o IRPJ, provoca um desestímulo ao setor produtivo nacional. Mesmo que tais recursos sejam investidos em modernização e ampliação das empresas.

“A proposta prevê um corte de mais de R$ 22 bilhões em gastos tributários, com uma redução de R$ 15,2 bilhões nos incentivos fiscais já em 2022, com as alterações no imposto de renda e a não renovação de incentivos que vencem nos próximos anos. A intenção é limitar para que os incentivos não superem o patamar de 2% do PIB ao ano, enquanto hoje eles representam 4,25%”, afirmou o presidente da FIEC.

Destacou, ainda, que a entidade defende a manutenção dos incentivos para o setor produtivo, desde que estes recursos sejam direcionados para ganhos de produtividade, proporcionando desta forma, uma redução das desigualdades regionais e sociais. Bem como em investimentos nas práticas de ESG.

“Somente a mobilização do setor produtivo, com seu poder de pressão junto aos respectivos representantes no Congresso Nacional, poderá barrar esse absurdo e fortalecer as tão necessárias políticas de desenvolvimento regional”, sacramentou Ricardo Cavalcante.