Dona da Cartier, o lucro operacional anual da Richemont foi de € 4,47 bilhões

A Richemont, dona da Cartier e Van Cleef & Arpels, superou as expectativas do mercado e registrou crescimento de 8% nas vendas anuais de sua divisão de joias, com alta de 11% no último trimestre. O desempenho, divulgado nessa sexta-feira (16), mostra resiliência diante da desaceleração global do setor de luxo.

A força da joalheria — que responde por 72% da receita do grupo — ajudou a Richemont a enfrentar melhor a queda no consumo, especialmente na China. Apesar da retração de 7% nas vendas na região asiática, os mercados das Américas, Europa e Japão cresceram entre 13% e 22%.

O presidente da Richemont, Johann Rupert, demonstrou otimismo com uma eventual recuperação da demanda chinesa e minimizou o impacto das tarifas dos EUA, destacando o uso estratégico dessas medidas para corrigir desequilíbrios comerciais.

As ações da companhia chegaram a subir 5,7% na Bolsa da Suíça após o anúncio. O lucro operacional anual foi de € 4,47 bilhões, levemente abaixo da estimativa de analistas (€ 4,55 bilhões), mas sustentado por ajustes de preço e controle de custos, mesmo com a alta do ouro.