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Sites internacionais registram 190 milhões de pedidos brasileiros em 2024. Compras movimentam R$ 14,8 bilhões
Por Marlyana Lima - Em 21/06/2025 às 7:00 AM

Brasileiros realizaram cerca de 190 milhões de pedidos em sites estrangeiros
Os brasileiros continuaram firmes nas compras online internacionais em 2024, e o resultado foi um recorde histórico de gastos. De acordo com dados divulgados pela Receita Federal nessa sexta-feira (20), o volume financeiro movimentado em plataformas como Shein, Shopee, Temu e outras chegou a impressionantes R$ 14,83 bilhões ao longo do ano.
O valor representa mais que o dobro do registrado em 2023, quando as compras internacionais totalizaram R$ 6,42 bilhões, até então o maior número da série histórica. O crescimento de mais de 50% chama atenção, principalmente diante de um detalhe curioso: houve redução no número de encomendas.
Em 2023, os brasileiros realizaram cerca de 210 milhões de pedidos em sites estrangeiros. Já em 2024, esse número caiu para 190 milhões de pacotes. Mesmo assim, o gasto médio por encomenda cresceu consideravelmente, refletindo o aumento dos preços e as mudanças no cenário econômico.
Dólar e nova taxação
Dois fatores principais ajudam a explicar essa mudança no comportamento de compra. O primeiro é a variação cambial. Durante 2023, a cotação média do dólar foi de R$ 4,99. Já em 2024, o valor médio subiu para R$ 5,39, o que representa uma alta de aproximadamente 8%. Esse aumento teve impacto direto no preço final pago pelos consumidores brasileiros.
O segundo fator relevante foi a mudança nas regras de tributação sobre compras internacionais, com a entrada em vigor de novas taxas para produtos importados. As alterações, que começaram a ser aplicadas ao longo de 2024, elevaram os custos de boa parte das mercadorias adquiridas, principalmente em sites de grande volume.
Tendência de consumo
Mesmo com os aumentos no custo por encomenda, os dados da Receita Federal indicam que o interesse do consumidor brasileiro por compras em sites estrangeiros segue alto. A expectativa para os próximos anos é que o comércio internacional de pequeno porte continue crescendo, com empresas adaptando suas operações ao novo cenário tributário.
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