A abertura marca um capítulo importante na história do Museu, considerado o maior passo desde sua transferência para o prédio de vidro projetado por Lina Bo Bardi em 1968.
Localizado no número 1500 da Avenida Paulista, o anexo possui 14 andares. Este novo espaço praticamente duplica a área total de atuação do museu, passando de 10.485 para 21.863 metros quadrados. A ampliação proporciona um aumento significativo de 60% na área expositiva, distribuída por cinco pavimentos inteiros dedicados à arte, além de contar com espaços multiuso, área de restauro, salas de aula, restaurante e loja.
Para a apresentação, o museu preparou cinco exposições exclusivas que dialogam com o público em diferentes linguagens artísticas. Entre elas, destacam-se “Histórias do MASP”, “Renoir”, “Geometrias”, “Artes da África” e “Isaac Julien: Lina Bo Bardi – Um Maravilhoso Emaranhado”. A proposta curatorial sugere uma experiência diferenciada: o visitante é convidado a subir ao sexto andar e descer progressivamente até o segundo andar, em um percurso imersivo e cuidadosamente planejado.

Obras de Renor compõem uma das exposições cinco que marcam a abertura do anexo do Masp
Reforma milionária
Adquirido em 2005 por R$ 12 milhões graças ao patrocínio da Vivo, o imóvel do anexo — o antigo edifício residencial Dumont-Adams — passou por uma ampla reforma assinada inicialmente por Júlio Neves, então diretor do museu. Após anos de interrupções por questões legais e financeiras, a reforma foi finalmente concluída ao custo total de R$ 250 milhões. A construção foi totalmente financiada pelo setor privado, via doações de mais de 20 famílias.
A expectativa da direção é que, até 2027, os reflexos positivos dessa expansão sejam também no edifício original Lina Bo Bardi, onde o segundo subsolo deverá ganhar destaque na exposição permanente do acervo, atualmente restrito a apenas 1% das mais de 11 mil obras armazenadas.