tecnologia

Escassez de memória deve elevar preços de celulares e PCs em 2026

Por Redação - Em 22/12/2025 às 12:01 AM

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Os smartphones devem ter um aumento médio de preços de cerca de 8% em 2026

A escassez mundial de chips de memória tende a pressionar os preços de smartphones e computadores pessoais no próximo ano, segundo projeções da consultoria IDC. O avanço acelerado dos data centers voltados à inteligência artificial elevou a demanda por memória DRAM, reduzindo a oferta disponível para a indústria de eletrônicos de consumo.

Com estoques apertados até entre grandes fabricantes de semicondutores, o fornecimento de novos chips para produtores de celulares e PCs já começa a ser afetado. Nas últimas semanas, os preços da DRAM registraram altas relevantes, movimento que deve se refletir no valor final dos aparelhos, especialmente nos segmentos mais sensíveis a custos.

De acordo com a IDC, os smartphones devem ter um aumento médio de preços de cerca de 8% em 2026. O impacto, porém, tende a ser mais forte nos modelos de entrada e intermediários, onde as margens são menores e há menos espaço para absorver custos adicionais. Fabricantes com maior poder financeiro, como Apple e Samsung, contam com contratos de longo prazo e maior caixa, o que reduz a exposição imediata, embora até os modelos premium devam limitar avanços técnicos, como a ampliação da memória RAM.

No mercado de PCs, o cenário é considerado ainda mais delicado. A consultoria projeta também uma alta média de 8% nos preços, mas acompanhada de uma queda de aproximadamente 9% nos volumes embarcados. Para marcas menores, o aumento dos custos ameaça a viabilidade do negócio, em um momento em que empresas ainda precisam renovar seus parques de máquinas com o fim do suporte ao Windows 10.

A IDC alerta que a crise não deve ser resolvida no curto prazo. Os principais produtores de memória já operam próximos do limite de capacidade, e a construção de novas fábricas exige investimentos bilionários e prazos longos. Além disso, a incerteza sobre a duração do ciclo de crescimento da inteligência artificial faz com que as empresas priorizem o atendimento ao setor mais lucrativo, em detrimento dos eletrônicos de consumo.

Com isso, a expectativa é de um período prolongado de pressão sobre preços, transferindo parte relevante do custo da escassez diretamente para consumidores e empresas nos próximos anos.

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FORTUNA HISTÓRICA

Elon Musk se torna a primeira pessoa a ultrapassar US$ 700 bilhões em patrimônio

Por Redação - Em 22/12/2025 às 12:01 AM

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O avanço veio dias após Musk atingir US$ 600 bilhões, após decisão da Suprema Corte de Delaware que restabeleceu opções de ações da Tesla

Elon Musk voltou a quebrar recordes e se tornou a primeira pessoa da história a ultrapassar a marca de US$ 700 bilhões em patrimônio. O salto ocorreu poucos dias depois de ele ter alcançado os US$ 600 bilhões, impulsionado por uma decisão da Suprema Corte de Delaware que restabeleceu um pacote de opções de ações da Tesla anteriormente anulado pela Justiça local.

Com a reversão do entendimento, as opções da montadora elétrica, avaliadas em cerca de US$ 139 bilhões, voltaram a ser contabilizadas integralmente. A atualização levou a Forbes a revisar para cima a estimativa da fortuna de Musk, agora calculada em aproximadamente US$ 749 bilhões, um novo patamar sem precedentes no ranking global de riqueza.

A decisão judicial também recolocou a Tesla como o ativo mais valioso do empresário. Além das opções, Musk possui cerca de 12% das ações ordinárias da companhia, participação avaliada em torno de US$ 199 bilhões. Somados, seus ativos ligados à fabricante de veículos elétricos chegam a aproximadamente US$ 338 bilhões, sem incluir um pacote adicional de remuneração aprovado em novembro, que pode render até US$ 1 trilhão em ações caso metas ambiciosas de valorização sejam cumpridas ao longo da próxima década.

Logo atrás aparece a SpaceX, da qual Musk detém cerca de 42%. A empresa foi avaliada recentemente em US$ 800 bilhões após uma oferta privada, o que coloca a participação do empresário em torno de US$ 336 bilhões. Embora hoje esteja ligeiramente atrás da Tesla em valor, a companhia aeroespacial é vista por investidores como um possível catalisador para levar Musk ao status de primeiro trilionário do mundo, sobretudo diante da expectativa de uma abertura de capital em 2026.

Outro componente relevante de sua fortuna é a xAI Holdings, grupo formado a partir da fusão entre sua startup de inteligência artificial e a plataforma X, antigo Twitter. A empresa negocia uma nova rodada de captação que pode avaliá-la em cerca de US$ 230 bilhões. Estimativas indicam que Musk controla pouco mais da metade do capital, o equivalente a aproximadamente US$ 60 bilhões.

Com esse conjunto de ativos, Musk amplia de forma expressiva a distância para o segundo colocado no ranking de riqueza global. O cofundador do Google, Larry Page, tem patrimônio estimado em cerca de US$ 253 bilhões — valor que, sozinho, ilustra a dimensão da vantagem construída pelo empresário.

A trajetória até esse patamar foi acelerada. Em 2020, Musk possuía pouco mais de US$ 24 bilhões. Em menos de cinco anos, ultrapassou sucessivamente as marcas de US$ 100 bilhões, US$ 200 bilhões, US$ 300 bilhões, US$ 400 bilhões, US$ 500 bilhões e, agora, US$ 700 bilhões, consolidando um feito inédito na história recente do capitalismo global.

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ORÇAMENTO

Entenda o corte de incentivos fiscais aprovado pelo Congresso

Por Redação - Em 21/12/2025 às 9:12 PM

Congressonacional

Projeto também aumenta tributos sobre bets e fintechs

Principal aposta do governo para equilibrar o Orçamento de 2026, o corte de incentivos fiscais foi aprovado nesta semana pelo Congresso. Com potencial de elevar a arrecadação em cerca de R$ 22,4 bilhões no próximo ano, a proposta também aumenta tributos sobre empresas de apostas on-line (bets), fintechs e grandes empresas que remuneram sócios por meio de juros sobre capital próprio (JCP).

Aprovado na madrugada da última quarta-feira (17) pela Câmara dos Deputados e na noite do mesmo dia pelo Senado, o texto segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No início da semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia dito que o projeto era importante para evitar um corte de cerca de R$ 20 bilhões no Orçamento de 2026.

A seguir, veja os principais pontos do projeto e como ele afeta empresas, setores e as contas públicas.

O que o projeto faz?

O projeto reduz em 10% parte dos incentivos e benefícios fiscais federais e, ao mesmo tempo, aumenta tributos sobre:

– Casas de apostas esportivas on-line (bets);
– Fintechs e outras instituições financeiras;
– Juros sobre capital próprio (JCP).

Além disso, cria regras mais rígidas de controle, transparência e limites para a concessão de benefícios tributários no país.

Quais tributos terão benefícios reduzidos?

A redução de 10% atinge incentivos ligados aos seguintes tributos federais:

– Programa de Integração Social (PIS) e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) e PIS/Pasep-Importação;
– Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e Cofins-Importação;
– Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
– Imposto de Importação;
– Contribuição previdenciária patronal.

A diminuição incide sobre os chamados gastos tributários listados no Orçamento de 2026 e em regimes especiais, respeitadas as exceções previstas no texto.

Quais regimes e setores podem ser afetados?

Entre os benefícios que poderão sofrer redução estão:

– Regime Especial da Indústria Química (Reiq);
– Créditos presumidos de IPI para empresas exportadoras;
– Créditos presumidos de PIS/Cofins para setores como farmacêutico, agropecuário, alimentos, transporte rodoviário de passageiros e exportações de café e cítricos;
– Alíquota zero de PIS/Cofins para importadores de fertilizantes, agrotóxicos e nafta petroquímica.

No caso do lucro presumido, o texto permite elevar em 10% a base de cálculo do imposto, mas apenas sobre a parcela da receita bruta anual que ultrapassar R$ 5 milhões.

Quais são as exceções?

A redução não atinge:

– Imunidades constitucionais (templos religiosos, partidos políticos, livros);
– Zona Franca de Manaus e áreas de livre comércio;
– Produtos da cesta básica nacional;
– Entidades filantrópicas sem fins lucrativos;
– Empresas do Simples Nacional;
– Programas como Minha Casa, Minha Vida e Prouni;
– Lei Aldir Blanc;
– Desoneração da folha de pagamentos;
– Incentivos para os setores de tecnologia da informação, comunicação e semicondutores.

Também ficam preservados benefícios concedidos por prazo determinado a empresas que já cumpriram contrapartidas exigidas em lei.

O que muda para as bets?

A tributação sobre as casas de apostas será elevada de forma gradual. Hoje, ela é de 12%, mas aumentará para:

– 13% em 2026;
– 14% em 2027;
– 15% em 2028.

Metade da arrecadação adicional será destinada à seguridade social e a outra metade a ações de saúde.

O texto também endurece a fiscalização e prevê responsabilização solidária de quem fizer publicidade ou mantiver operações com bets não autorizadas.

E para as fintechs?

O projeto aumenta a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido):

– Fintechs e sociedades de capitalização passam de 15% para 17,5% até 2027 e para 20% a partir de 2028;
– Outras instituições financeiras, como bolsas e entidades de liquidação, terão alíquotas elevadas de 9% para 12% até 2027 e para 15% a partir de 2028.

O que muda no JCP?

O Imposto de Renda retido na fonte sobre juros sobre capital próprio (JCP) sobe de 15% para 17,5%. O JCP é usado por grandes empresas para remunerar sócios e acionistas.

Há novos limites para benefícios fiscais?

Sim. O texto estabelece que, se os incentivos tributários ultrapassarem 2% do Produto Interno Bruto (PIB), fica proibida a concessão, ampliação ou prorrogação de novos benefícios, salvo se houver medidas de compensação fiscal.

Segundo o governo, os benefícios tributários no Brasil podem chegar a R$ 800 bilhões por ano.

O projeto trata de crimes tributários?

Sim. Ele agrava penas para crimes tributários quando envolverem bens protegidos por imunidades constitucionais, como livros e templos religiosos.

O que são os “restos a pagar” revalidados?

O projeto permite revalidar despesas empenhadas, mas não pagas, que haviam sido canceladas a partir de 2023. Esses valores poderão ser quitados até o fim de 2026, inclusive recursos de emendas parlamentares. A estimativa de impacto para os cofres do governo está em torno de R$ 3 bilhões.

Quando as mudanças entram em vigor?

A maior parte das medidas passa a valer em 1º de janeiro de 2026.

No entanto, as alterações que envolvem aumento de tributos ou redução de benefícios precisam respeitar a noventena: prazo mínimo de 90 dias após a sanção presidencial para entrar em vigor. (Agência Brasil)

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