Fiat 500e  foi um dos pioneiros a ser elétrico no Brasil

O segmento automotivo tem notado em números um grande crescimento em carros emplacados de veículos elétricos e híbridos no país. Isso com vendas já superando todo o volume de 49,2 mil unidades de 2022. É bom lembrar que a isenção de impostos para esses veículos estava em vigor há cerca de cinco anos e tinha como objetivo estimular a adoção de tecnologias mais limpas. O prazo, no entanto, está acabando.

Fabricantes tradicionais já estabelecidas no Brasil têm demonstrado preocupação com o rápido avanço de modelos elétricos e híbridos. Márcio Leite, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), apontou que o Brasil deixou de arrecadar cerca de R$ 2 bilhões por conta dessa isenção. Desse total, R$ 1,1 bilhão está ligado a veículos importados da China.

Gwm Haval H6 GT 2024

Se a cobrança voltar, as marcas chinesas BYD e GWM serão provavelmente as mais afetadas. A BYD anunciou que irá instalar fábricas e um centro de pesquisas no Estado da Bahia, enquanto a GWM planeja iniciar a produção em uma nova fábrica em 2024. A GWM vendeu 1.452 unidades do utilitário híbrido Haval apenas em agosto, o maior volume de vendas da marca no país desde que iniciou a comercialização em abril.

BYD Seal chegou com preço agressivo

A medida pode lançar um freio no ímpeto de crescimento das montadoras chinesas no Brasil e potencialmente frustrar seus planos de investimento no país. A BYD planejava investir R$ 3 bilhões nos próximos cinco anos, e a GWM tinha anunciado investimentos de R$ 6 bilhões até 2025.