São Paulo registrou a maior absorção líquida de escritórios desde 2017, com 150 mil m², e um aumento de 12% nos preços, puxados principalmente pela região da Faria Lima

O setor corporativo imobiliário na América Latina apresenta recuperação em ritmos distintos, segundo análise da consultoria Cushman & Wakefield. Apesar de um cenário econômico ainda moderado, com influência de incertezas externas como as tarifas dos EUA, cidades como São Paulo e Lima lideram a retomada, enquanto outras, como Buenos Aires e Santiago, enfrentam desafios.

São Paulo e Lima lideram recuperação

São Paulo registrou a maior absorção líquida de escritórios desde 2017, com 150 mil m², e um aumento de 12% nos preços, puxados principalmente pela região da Faria Lima. Lima, com crescimento do PIB de 3,3%, teve uma queda na vacância para 14,4% e alta nos preços, embora ainda com o valor mais baixo da região em dólares.

Rio de Janeiro segue estagnado

Apesar de manter os preços estáveis, o Rio de Janeiro apresenta a maior taxa de vacância da região, com 29%. A Zona Sul continua sendo o ponto de maior atratividade.

Desempenho misto em outras capitais

Buenos Aires, mesmo com recuperação no setor premium, não reduziu a vacância. Santiago tem comportamento instável e absorção limitada. Bogotá, embora atraente para multinacionais, ainda convive com alto estoque e vacância estável.

Cidade do México em cenário particular

Com economia estável e desemprego baixo, a capital mexicana teve a maior absorção da América Latina em 2024. No entanto, o volume ainda é 30% inferior ao período pré-pandemia, com preços estabilizados desde 2021.

A consultoria conclui que o mercado corporativo na América Latina caminha para a recuperação, mas enfrenta realidades muito distintas em cada país.