fim da licença
Eduardo Bolsonaro afirma que não vai renunciar e desafia STF em meio a investigações
Por Marlyana Lima - Em 20/07/2025 às 5:25 PM

Deputado Eduardo Bolsonaro está morando nos Estados Unidos – Foto: Reprodução
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou neste domingo (20) que não irá renunciar ao mandato parlamentar, mesmo diante do fim de sua licença oficial da Câmara dos Deputados. Em transmissão ao vivo pelas redes sociais, ele garantiu que pretende manter o cargo por pelo menos mais três meses, mesmo residindo nos Estados Unidos desde março.
“Eu não vou fazer nenhum tipo de renúncia. Se eu quiser, consigo levar meu mandato, pelo menos, até os próximos três meses”, declarou o parlamentar, que é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta atuação em articulações com o governo de Donald Trump para retaliar o Brasil e ministros da Corte.
A licença de 120 dias concedida pela Câmara expira neste domingo. Pelo regimento interno da Casa, a ausência não justificada após o prazo pode levar à cassação por faltas.
Durante a live, Eduardo Bolsonaro voltou a criticar o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito em que ele é alvo. O deputado falou sobre a decisão do governo Trump de suspender os vistos de ministros do STF e comentou a inclusão de suas postagens e entrevistas recentes no processo.
“O cara que se diz ofendido [Moraes] junta no processo aquilo que eu faço nas redes sociais. O cara que vai me julgar, ele vê o que eu posto. Então, você da Polícia Federal que está me vendo, um forte abraço. A depender de quem for, está sem visto”, ironizou.
Eduardo também defendeu uma anistia para seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e afirmou estar “disposto a ir às últimas consequências”.
O tensionamento ocorre dias após a Polícia Federal cumprir mandados contra Jair Bolsonaro, que foi obrigado a usar tornozeleira eletrônica e teve restrição de circulação noturna, sob alegação de risco de fuga. O ex-presidente é réu por envolvimento na tentativa de golpe de Estado em 2022, e o julgamento no STF está previsto para setembro.
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