Em suas redes sociais, o prefeito de João Pessoa, Cicero Lucena, afirmou que deseja voltar ao Brasil o mais rápido possível Foto: divulgação/PMJP

Os prefeitos Cícero Lucena (João Pessoa), Álvaro Damião (Belo Horizonte), Johnny Maycon (Nova Friburgo), e os vice-prefeitos Claudia Lira (Goiânia) e Vanderlei Pelizer (Uberlândia), além do ex-prefeito de Santarém, Nélio Aguiar, estão em Israel no momento em que o país vive uma nova escalada de tensão com o Irã. As autoridades brasileiras participam de uma feira internacional de tecnologia prevista para ocorrer entre os dias 17 e 19 de junho. O compromisso foi interrompido pelo cenário de conflito após bombardeios israelenses a alvos estratégicos iranianos.

As forças armadas de Israel atingiram instalações nucleares e mataram líderes militares de alto escalão do Irã, incluindo o general Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária, e o major-general Mohammad Bagheri, considerado o mais alto oficial militar do país. Em resposta, o Irã lançou mais de 100 drones contra o território israelense.

A escalada aumentou os temores de um conflito mais amplo no Oriente Médio. Em diversas cidades israelenses, sirenes alertaram a população para buscar refúgio, e os visitantes estrangeiros, incluindo os brasileiros, foram orientados a permanecer em bunkers e seguir protocolos de segurança.

Relatos diretos do confronto

Álvaro Damião, que assumiu a prefeitura de Belo Horizonte após a morte de Fuad Noman, publicou um vídeo mostrando o interior de um bunker com portas de aço e paredes reforçadas. Ele afirmou que aguarda uma autorização das autoridades israelenses para deixar o país o quanto antes.

Cícero Lucena, prefeito reeleito de João Pessoa, também relatou a dificuldade para deixar Israel, devido ao fechamento do espaço aéreo. O presidente da Câmara dos Deputados Hugo Motta (Republicanos-PB) acionou o Ministério das Relações Exteriores na tentativa de garantir o retorno da delegação.

A continuidade da participação dos prefeitos na feira internacional de tecnologia ainda é incerta. Em meio a uma das maiores tensões recentes no Oriente Médio, a missão institucional passou a ser uma operação de resgate.