NOTAS DE RISCO CORTADAS

Ações da Americanas seguem em queda e já acumulam perdas totais de 84,17%

Por Marcelo - Em 17/01/2023 às 10:20 PM

Desde que foram anunciadas inconsistências financeiras de R$ 20 bilhões em seu balanço, que podem chegar ao dobro desse valor (R$ 40 bi), as ações da companhia (AMER3), não param de se desvalorizar nos últimos pregões da B3. Nesta terça-feira (17), mais uma vez o dia foi turbulento, chegando até a registrar valorização, mas os papéis da tradicional varejista caíram 2,06% e encerraram a sessão cotados a R$ 1,90.

Americanas teve sua classificação rebaixada por agências de risco                     Foto: Divulgação

Desde que o anúncio sobre os problemas contábeis divulgados semana passada, as ações das Americanas já registraram perdas acumuladas de 84,17%, o que tem impactado fortemente o mercado. Somente na última quinta-feira (12), após o comunicado sobre as inconsistências contábeis, os papéis da varejista despencaram 77%.

Além das repercussões negativas registradas em território nacional, agências de classificação de risco internacionais conceituadas, como a Moody’s, S&P e a Fitch têm rebaixado o rating das ações da companhia em escala global. Inclusive, a S&P decidiu cortar as notas das Americanas para D (default), ou seja, possibilidade de calote.

Outro baque significativo para a varejista ocorreu hoje, quando a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) a notificou dando um prazo de cinco dias úteis para que ela preste esclarecimentos sobre os impactos aos consumidores das dívidas bilionárias com os bancos credores, reveladas na última quarta-feira à noite. Caso não apresente as respostas solicitadas, poderá sofrer sanções.

Para tentar acalmar o mercado, o Conselho de Administração das Americanas anunciou, hoje, a aprovação de Camille Loyo Faria, que era CFO da Tim, para ser a nova diretora Financeira e de Relações com Investidores da tradicional varejista brasileira, com sua posse marcada para o dia 1º de fevereiro. Seu nome agradou aos especialistas, uma vez que possui rígida formação financeira e teve atuação forte no processo de Recuperação Judicial da Oi.

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